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Brasil pode receber até US$ 17 bi ao ano em créditos de carbono por preservar florestas, diz Guedes



Recursos fazem parte do que chamou de ‘sistema de três pilares’ para a economia ambiental do futuro, do qual fazem parte a Indonésia, Índia e Brasil.


O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou hoje que o Brasil pode receber US$ 17 bilhões ao ano em créditos de carbono, como resultado do esforço em manter preservados 66% de sua mata nativa. Os recursos fazem parte do que ele chamou de um “sistema de três pilares” para a economia ambiental do futuro, no qual Indonésia, Índia e Brasil trabalham no momento.


Guedes não deu detalhes, mas destacou que os três pilares seriam formados pela tributação da poluição, estímulo à inovação e recompensa à preservação dos recursos naturais. 


“[Brasil] é o país que mais preservou e tem a matriz energética mais diversificada e mais limpa do mundo. Transição de energia cinza para a limpa será rápida. Energia limpa, verde, gás natural (energia de transição) até a energia suja, que polui, a energia fóssil. Como o Brasil tem tudo isso, vai poder fazer essa transição de economia cinza para a limpa à medida que forem feitos investimentos na energia limpa e hidrogênio verde”, afirmou Guedes em entrevista à imprensa, ao fim do primeiro dia em Washington, onde participa, até a sexta-feira, das Reuniões Anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e dos Conselhos de Governadores do Grupo Banco Mundial (GBM). 


Guedes falou sobre a reunião com os ministros da Fazenda e Agricultura do G20 — a primeira de sua agenda de hoje — no qual foram abordados os temas da segurança alimentar, guerra na Ucrânia e a preocupação com inflação dos alimentos e energia. “Previsão do Brasil é que, parando a guerra, alivia a subida de preços”, afirmou. 


Segundo Guedes, organismos internacionais como o Banco Mundial e a Organização Mundial do Comércio consideram o Brasil como peça-chave na segurança alimentar do mundo. “Brasil é um dos poucos países que podem produzir sem derrubar florestas porque temos tecnologia por isso.”


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