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Mortes por chikungunya sobem na Paraíba; 51 cidades têm risco de surto de dengue

O número de mortes por chikungunya confirmadas pela Secretaria de Saúde do Estado (SES) saltou de três para nove, segundo levantamento divulgado pela SES nesta terça-feira (16). 

A comparação é com relação ao último balanço apresentado pela Secretaria no começo de agosto deste ano. 

O balanço inclui também informações sobre zika e dengue; veja abaixo. Mais de 50 cidades paraibanas estão em situação de risco para ocorrência de surto de dengue.

Conforme os dados, foram notificados 15.634 casos suspeitos da doença, de 1º de janeiro deste ano a 8 de agosto, com 22 mortes notificadas, sendo nove confirmadas em (uma em Alhandra, duas em João Pessoa, uma em Aroeiras, uma e Soledade, uma em Monteiro, uma em Campina Grande, uma em Diamante e uma em Santa Cecília). Dois óbitos foram descartados e os demais seguem em investigação.


Dengue

De 1º janeiro a 8 de agosto de 2016 (32ª semana epidemiológica de início de sintomas) foram notificados 35.873 casos prováveis de dengue. Em 2015, no mesmo período (até 32ª SE), registrou-se 18.349 casos, evidenciando um aumento de 95,50%. Observa-se que o pico do aumento dos casos ocorreu no mês de março, entretanto, a partir de maio começou a redução dos casos. 

Em relação ao número de óbitos, foram notificados 49 como suspeita de dengue, dos quais cinco foram confirmados (um em Rio Tinto, um em João Pessoa, um em Cajazeiras, um em Monteiro e um em Itabaiana), 10 descartados e os demais em investigação.

“Observa-se que o pico do aumento dos casos ocorreu no mês de março, entretanto, a partir de maio começou a redução dos casos”, diz a gerente de Vigilância em Saúde da SES-PB, Renata Nóbrega.

Zika

De acordo com o boletim, foram registrados 3.907 casos suspeitos do vírus Zika. Segundo a Secretaria, existem três unidades Sentinelas do Zika vírus implantadas na Paraíba para identificação da circulação viral nos municípios de Bayeux, Campina Grande e Monteiro, conforme recomendação do Ministério da Saúde. 

Guillain-Barré e outras manifestações neurológicas

Foram informados pelos serviços hospitalares, de julho de 2015 até o momento, 38 casos suspeitos, sendo 16 descartados, seis confirmados e 16 em investigação por suspeita de ter correlação com chikungunya e/ou zika vírus e/ou dengue.

LIRAa e LIA

Durante o mês de julho, 218 municípios (97,7%) realizaram o 2º levantamento de índices, para avaliar a infestação predial pelo Aedes aegypti, através do LIRAa (Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti) e LIA (Levantamento de Índice Amostral), este último, para municípios que possuem ate 2 mil imóveis.

De acordo com os dados, 51 (22,8%) municípios atualmente estão em situação de risco para ocorrência de surto. Em situação de alerta, 114 municípios (51,3%), 53 municípios (23,7%) em situação satisfatória e cinco municípios (2,2%) não informaram seus resultados de LIRAa e LIA. 

“Solicitamos à comunidade que fique atenta e faça a vistoria em seu imóvel, verificando os locais onde possam acumular água e servir de criadouro para o mosquito. Acondicione o lixo adequadamente, armazene os pneus em locais seco, verifique se a caixa d’água está tampada, evite o armazenamento de água em tambores e outros recipientes, caso haja necessidade em fazê-lo, vede-os adequadamente. 

Lembre-se que o mosquito Aedes aegypti além de transmitir dengue também transmite febre chikungunya, febre amarela e zika, doenças graves que podem levar até a morte”, orienta Renata Nóbrega.



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