O presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Leite, disse, nesta sexta-feira (20), que o setor elétrico tem um déficit de R$ 12 milhões apesar dos aumentos da tarifa aplicados em 2015.
Ele participou de Seminário de Melhoras Práticas (SAM), na sede da Energisa, e disse que essa situação não deixa margem para investimentos no setor.
De acordo com Nelson Leite, em 2015 houve dois impactos grandes na tarifa, que foram a bandeira tarifária e a revisão tarifária extraordinária (RTE), este último para cobrir os gastos do aumento da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), que passou de R$ 1,6 bilhão para R$ 22,9 bilhões, segundo explicou ele.
"Então resolveram, em 2015, repassar para os consumidores os valores que nos anos anteriores não tinham sido repassados porque tinham sido assumidos pelo Tesouro ou cobertos com aqueles empréstimos com os bancos privados", disse o presidente da Abradee.
Segundo ele, além da RTE e da bandeira tarifária, em 2015 as distribuidoras teriam que começar a pagar empréstimos, o que, em sua análise, não deixa caixa livre para investimentos.
"Nem todas as despesas foram cobertas por aquela revisão tarifária extraordinária. Então as empresas começaram o ano carregando, primeiro, os restos a pagar da CDE que não tinham recebido no ano passado, mais ou menos uns R$ 3 bilhões; mais uns R$ 2,5 milhões de CDE; mais diferenças tarifárias que não eram cobertas pela revisão tarifária extraordinária. Conclusão: nós estamos hoje com um descompasso financeiro, no segmento de distribuição, no final de setembro, com um descompasso da ordem de R$ 12 bilhões", disse.
O Workshop do Seminário Abradee de Melhores Práticas de Gestão Operacional (SAMP), encerrado nesta tarde de sexta-feira, no auditório da Energisa Paraíba, faz parte do Programa Benchmarking Abradee 2015, que busca mostrar para as distribuidoras de todo o Brasil os melhores exemplos de sucesso em Gestão Operacional.
A Energisa, este ano, sediou o evento devido ao prêmio recebido de Melhor Gestão Operacional do Brasil em 2015 - que avalia quesitos como combate a Perdas de Energia, Continuidade do Fornecimento, Segurança do Trabalho, Qualidade do Faturamento, Inadimplência e Qualidade no Atendimento, sendo este último, o grande destaque da atuação da empresa, com um índice de aprovação de 81% dos consumidores.
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João Filho, Professor efetivo na Secretaria de Educação do Estado da Paraíba e na Secretária de Educação do Município de Conceição-PB. Graduado, Especialista e Mestre em Ensino de História, Graduando em Direito e Jornalismo. 
Erik Figueiredo, Tem pós-doutorado em economia pela University of Tennessee, Estados Unidos. Trabalhou como subsecretario de política fiscal do Ministério da Economia.
Luiz Rosa Filho, Mestre em Letras, pós- graduado em Língua, linguística e Literatura, graduado em Letras, graduando em Direito, e Professor da rede estadual de ensino.
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