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Mão na bola ajuda Paraguai, que volta a tirar Brasil nos penais. LEIA!

A trajetória da seleção brasileira nesta Copa América não poderia acabar de forma mais emblemática. Mesmo jogando mal, a equipe do técnico Dunga tinha o placar favorável, mas abriu mão de ter o controle do jogo e, numa infelicidade do zagueiro Thiago Silva, deu ao Paraguai o empate por 1 a 1, neste sábado, em Concepción. 
Lançado à sorte da disputa por pênaltis, o Brasil se despediu do Chile diante do mesmo país que o eliminara em 2011, e que agora pegará a Argentina por um lugar na decisão.
Uma eliminação que escancarou o quanto o Brasil não tem alternativas táticas para suprir a ausência de Neymar, suspenso da Copa América, e agora com o adeus precoce na Copa América fora também dos dois primeiros compromissos pelas Eliminatórias para o Mundial de 2018, com início em outubro.


Robinho abriu o placar no primeiro tempo, Derlis González igualou na etapa final. Nas penalidades, Everton Ribeiro e Douglas Costa chutaram para fora. Mesmo com Roque Santa Cruz isolando sua cobrança, González carimbou a vaga paraguaia na semifinal.
Na semifinal pela segunda vez consecutiva, o Paraguai enfrentará os argentinos na próxima terça-feira, também em Concepción.
Dunga manteve os titulares na vitória diante da Venezuela - foi apenas a segunda vez que repetiu uma escalação nos 13 jogos desde que voltou à seleção brasileira. Logo no início, o Brasil arriscou de longe com Philippe Coutinho, mas aos poucos o Paraguai passou a colocar em prática sua principal característica: marcação compacta e aposta nos contra-ataques. Em dez minutos, foram duas chances paraguaias, uma delas salva por Thiago Silva, cortando o passe que chegaria no pé de Roque Santa Cruz dentro da área.
Sem Neymar, o Brasil depende muito mais do trabalho coletivo, e foi desta forma que abriu o placar em Concepción. Quando teve espaço para trocar passes, na base das tabelinhas a bola saiu do lado esquerdo e chegou em Daniel Alves na direita. O lateral cruzou rasteiro, Firmino deixou passar e Robinho completou para o gol.
Os adversários sentiram o golpe, e a melhor qualidade técnica brasileira gerou alguns lances mais ríspidos e dois cartões amarelos para os paraguaios. Mas o Brasil, em vez de controlar o jogo, voltou a perder terreno, especialmente no meio de campo. O Paraguai chegou mais ao ataque, porém com baixa efetividade.
Uma mãozinha para o Paraguai
Após o intervalo, o Brasil manteve a postura de esperar o Paraguai e buscar o contra-ataque. O meio de campo, em vez de criatividade, seguiu burocrático e sem criar chances para Firmino ou Robinho finalizar. Os paraguaios assustaram aos 15 minutos, em cabeçada de Paulo da Silva espalmada por Jefferson, e só.
Dunga mexeu na equipe aos 16, com Douglas Costa no lugar de Willian, mas o meio de campo brasileiro seguiu inoperante e sem ter o controle do jogo com o placar favorável. Aos 23 quem veio a campo foi Diego Tardelli, no lugar de Firmino, mas a mão que mexeu no panorama da partida não foi a de Dunga. Thiago Silva usou o braço para tirar a bola da área e fez pênalti, convertido por Derlis González para empatar.
IG.