O ministro apresentou os resultados dos últimos dez anos, que mostram redução de 22,8% na incidência de casos novos de tuberculose. Em 2014, a incidência da doença no Brasil foi 33,5 casos por 100 mil habitantes, contra 43,4/100 mil em 2004. A taxa de mortalidade em 2013 foi 2,3 óbitos por 100 mil habitantes, abaixo dos 2,9 óbitos por 100 mil ocorridos em 2003.
“Tosse com catarro, por mais de três semanas consecutivas, é um sinal de alerta para a doença, e a adesão ao tratamento é importante. Quanto mais rápido o diagnóstico for feito, melhor o resultado do tratamento, que dura seis meses. Ao mesmo tempo, como a tuberculose também tem relação direta com a vulnerabilidade social, é importante avançar em uma série de medidas protetivas como o Bolsa Família e outras ações de ajuda a essas populações”, destacou Chioro.
O ministro informou que 94 municípios que cobrem aproximadamente 60% dos casos novos e 70% dos casos de retratamento em todo o país receberam os equipamentos de teste rápido.
Chioro lembrou que o Brasil conseguiu antecipar uma das metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, ao reduzir o número de pessoas com tuberculose em 38,4% e a taxa de mortalidade para 35,8% em dez anos. O reconhecimento é da Organização Mundial da Saúde, que estimava o alcance da meta somente em 2015.
De acordo com o ministro, a intenção do governo é reduzir em 75% o número de óbitos, em 2025 (comparado a 2015), e diminuir 50% a incidência de casos, na mesma base comparativa, e erradicar a doença até 2035.
Ao falar dos esforços internacionais para erradicar a tuberculose, o ministro reafirmou o compromisso do Brasil, juntamente com os países-membros do Brics (Rússia, Índia, China e África do Sul), de oferecer, gratuitamente, remédios para o tratamento da tuberculose em países de baixa renda. “Queremos avançar, não só na cobertura e tratamento, mas também no acesso aos medicamentos. Agora, em abril, teremos uma reunião para tratar disso”, acrescentou Chioro.
Agência Brasil