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Governo implanta scanners que detectam materiais ilícitos em presídios. LEIA!

Scanner faz análise corporal e identifica objetos ilícitos (Crédito: Assessoria)
O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Administração Penitenciária (Seap), entregou oficialmente, na manhã desta terça-feira (3), o “body scan” (raio-x scanner corporal) às Penitenciárias Romeu Gonçalves de Abrantes (PB1 e PB2) e Desembargador Flósculo da Nóbrega (Roger), ambas em João Pessoa, e a Penitenciária Regional de Campina Grande Raimundo Asfora (o Serrotão). 

A instalação do “body scan” tem como objetivo evitar a entrada de materiais ilícitos dentro das três maiores unidades prisionais do Estado, onde foi instalado o equipamento, contribuindo para a manutenção da tranquilidade fora e dentro das penitenciárias.

O secretário de Estado da Administração Penitenciária (Seap), Wagner Dorta, afirmou que a entrega desses equipamentos representa um dia histórico para a Paraíba e ratifica a política do Governo do Estado em humanizar as unidades prisionais paraibanas. “Os investimentos que foram feitos nesses equipamentos vão permitir que o sistema penitenciário do Estado seja ainda mais humanizado e, ao mesmo tempo, que se ofereça mais segurança à população paraibana”, afirmou.

Wagner Dorta destacou ainda que são poucos os estados brasileiros que dispõem dessa tecnologia. “A Paraíba é um dos estados vanguardistas no uso do ‘body scan’, equipamento que vai permitir maior humanização do sistema – vale mais uma vez ressaltar – com todo o rigor que o processo exige. Qualquer pessoa que tente entrar em qualquer unidade prisional onde o ‘body scan’ foi instalado será flagrada. O equipamento emite feixes de raio-x que, literalmente, fotografa a pessoa, respeitando a ética e a dignidade”, prosseguiu.

Estiveram presentes representantes do Poder Judiciário, Ordem dos Advogados do Brasil – Secção Paraíba – e Ministério Público. A juíza da Vara das Execuções Penais da Capital, Hygina Bezerra, ressaltou a importância do funcionamento do “body scan” para a Paraíba. “É uma ação de extrema importância. Isso vai permitir identificar a entrada de drogas e armas, contribuindo para a segurança do Estado. Nós sabemos que algumas ordens de crimes partem de dentro das unidades prisionais. É um equipamento que vai funcionar de maneira isonômica, isto é, todo mundo vai ter de passar por ele, seja advogado, juiz”, pontuou.

Mais dignidade

Imagem em raio-x destaca objetos escondidos no corpo (Crédito: Assessoria)
O secretário da Seap afirmou ainda que as revistas íntimas, queixa antiga de órgãos e dos parentes dos detentos, serão substituídas pelas revistas eletrônicas. “É outro salto importante que o Estado da Paraíba promove, tanto em benefício do detento quanto dos parentes. Todo o constrangimento, que era necessário já que ainda não dispúnhamos desse equipamento, chegou ao fim. Isso era uma reivindicação antiga de órgãos ligados aos Direitos Humanos e outras entidades. Com isso, vamos ter maior controle com relação à segurança das unidades prisionais e, ao mesmo tempo, oferecer mais dignidade à sociedade de maneira geral”, disse.

Wagner Dorta pontuou ainda que o “body scan” é um equipamento usado em todo o mundo e nos maiores aeroportos. “É algo muito inovador para a nossa política de segurança. Queremos, dentro das limitações financeiras do Estado, avançar ainda mais e implantar o “body scan” em outras unidades prisionais. Para isso, já há estudos em andamento”, salientou.

Locação
Os três equipamentos foram locados a um valor mensal de R$ 29,9 mil cada um, totalizando um gasto para o Estado no valor de R$ 89,7 mil mensais. Durante todo o ano, a quantia investida será de R$ 1.076.400. A empresa prestadora do serviço é a VMI Sistemas de Segurança, sediada em Lagoa Santa, Estado de Minas Gerais. “É um custo relativamente alto para o Estado da Paraíba, mas que, sem dúvida alguma, traz retorno. Por isso que já estamos realizando estudos para a aquisição de novos equipamentos”, acrescentou Wagner Dorta.
WSCOM