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Policiais são condenados a até 40 anos de prisão por matar frentista



Quatro policiais militares foram condenados a penas que somadas a 148 anos de prisão, em regime fechado, por matar e ocultar o corpo do frentista João Paulo de Sousa Rodrigues, em Fortaleza. O julgamento terminou na madrugada desta quarta-feira (8).


Veja a pena dos acusados:


Haroldo Cardoso da Silva - 40 anos e 9 meses de reclusão;


Francisco Wanderley Alves da Silva - 36 anos, um mês e 15 dias;


Antonio Ferreira Barbosa Júnior - 36 anos, um mês e 15 dias e


Elidson Temoteo Valentim - condenado a 36 anos, um mês e 15 dias de reclusão.


Os agentes foram condenados por homicídio qualificado, ocultação de cadáver, roubo majorado e organização criminosa. Além da prisão, eles deverão pagar 150 dias-multa pelos crimes, sendo o valor do dia-multa equivalente a 1/30 do salário mínimo de 2015, ano dos crimes.


Durante o julgamento, também foi decretada a perda de cargo público de Wanderley, Antonio e Elidson. Haroldo já estava na reserva e, por isso, cabe ao Ministério Público ingressar com uma ação para que ele perca o cargo.


A sessão que julgou os acusados começou na segunda-feira (6) de manhã e terminou nesta quarta, por volta das 4h.


Desaparecimento


O frentista João Paulo Sousa Rodrigues foi visto vivo em 30 de setembro de 2015. Ele foi abordado pelos quatro PMs quando se dirigia até o posto de combustíveis em que trabalhava. No decorrer da ação, o frentista foi algemado e colocado dentro da viatura, onde, segundo as investigações, teria sido torturado e depois assassinado. O corpo da vítima nunca foi encontrado.


Conforme denúncia do MPCE, o crime teria sido cometido a pedido do empresário Severino Almeida, dono do posto de combustíveis em que João Paulo trabalhava, no Bairro Parque Santa Rosa, em Fortaleza.


Severino teria desconfiado que o frentista estaria sugerindo a criminosos da região que assaltassem o local. Denunciado pelo Ministério Público em fevereiro de 2018, o empresário, porém, foi impronunciado pela Justiça, que alegou ausência de provas de sua participação.


G1