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Viajando do Rêgo: R7 cita Vital como campeão nos gastos com passagens. LEIA!

O Portal R7 destacou, nesta segunda-feira (17), os gastos excessivos que os 36 senadores, que disputaram cargos eletivos nas Eleições 2014, tiveram com passagens aéreas durante o processo eleitoral. Dentre os parlamentares citados está o senador paraibano Vital do Rêgo (PMDB), que desta vez aparece em mídia nacional, por liderar o ranking do 'cotão' das passagens do Senado.
De acordo com a matéria, dos 36 senadores/candidatos que utilizaram a cota de passagens aéreas excessivamente, apenas 10 conseguiu se eleger, o que não foi o caso do campeão de viagens, Vitalzinho do Rego, que gastou R$ 37.291,56 - no período de 5 de julho e 5 de outubro - sem obter êxito na corrida eleitoral pelo Governo do Estado da Paraíba.
Confira a matéria:

Senadores em campanha gastam o suficiente para dar 67 voltas no País com passagens aéreas


Os senadores que disputaram cargos eletivos nas Eleições 2014 gastaram R$ 247,4 mil da cota parlamentar com passagens aéreas durante a campanha eleitoral (veja arte abaixo). Esse dinheiro é suficiente para fazer 67 viagens de avião ao redor do País, ao custo de R$ 3.664 cada, passando por oito cidades: São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Recife (PE), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Brasília (DF) e Porto Alegre (RS).
Os dados constam de um levantamento feito pela reportagem do R7 com os 81 senadores em exercício e os três parlamentares que se licenciaram.
A pesquisa considerou o intervalo entre 5 de julho e 5 de outubro, período oficial de campanha eleitoral estipulado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), e os dados foram retirados do portal da Transparência do Senado. No caso das passagens aéreas, a reportagem fez a cotação em 13 de novembro considerando viagens em janeiro.
Dos 36 parlamentares da Casa que concorreram, apenas três se licenciaram do posto para evitar conflitos de interesses - Armando Monteiro (PTB-PE), Eduardo Amorim (PSC-SE) e Alvaro Dias (PSDB-PR).
Para concorrer a um cargo eletivo, os senadores não são obrigados a se licenciar do Parlamento. No entanto, no período eleitoral, precisam se preocupar em não misturar as tarefas parlamentares com as agendas oficiais de campanha.
A Ceaps (Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar dos Senadores), também conhecida como "cotão", é uma verba a que os senadores têm direito para custear passagens aéreas, locação de veículos, aluguel de imóveis, compra de material de escritório, táxi, hospedagem, alimentação, consultorias, segurança particular, entre outros.
Dos 36 senadores que disputaram cargos eletivos em 2014, dez se elegeram para governos de Estado, Assembleias Legislativas ou se reelegeram para o Senado - casos de Alvaro Dias (PSDB-PR), Kátia Abreu (PMDB-TO), Acir Gurgacz (PDT-RO), Fernando Collor (PTB-AL) e Maria do Carmo (DEM-SE).
Os senadores Wellington Dias (PT-PI), Pedro Taques (PDT-MT) e Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) venceram a eleição e vão governar Piauí, Mato Grosso e Distrito Federal, respectivamente, a partir de 2015.
Outros três também concorreram, mas não como cabeça de chapa. São eles: Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), vice de Aécio Neves na disputa à Presidência; Francisco Dornelles (PP-RJ), vice de Luiz Fernando Pezão no governo do Rio de Janeiro; e Cyro Miranda (suplente de senador).
Gastões
Os 36 parlamentares que se empenharam em campanhas eleitorais em 2014 gastaram, em média, R$ 6.873 com passagens aéreas da cota parlamentar. Catorze senadores gastaram mais que a média.
O líder de gastos com viagens de avião é Vital do Rêgo (PMDB), que disputou o governo da Paraíba e perdeu a disputa. Nos três meses de campanha, ele gastou R$ 37.291. Em segundo lugar, aparece Kátia Abreu (PMDB), reeleita senadora pelo Tocantins, com R$ 18.921 investidos em passagens aéreas.
Completa o ranking Inácio Arruda (PCdoB), que concorreu a uma vaga de deputado federal pelo Ceará e não se elegeu (ficou como suplente). Ele usou R$ 18.359 da cota parlamentar para emitir bilhetes aéreos na campanha eleitoral, segundo os dados da Transparência do Senado.
Por outro lado, nove senadores que disputaram o pleito em 2014 não gastaram um tostão sequer para comprar passagens aéreas. São eles: Fernando Collor (PTB-AL), Maria do Carmo (DEM-SE), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Armando Monteiro (PTB-PE), Gim Argello (PTB-DF), Aécio Neves (PSDB-MG), Marcelo Crivella (PRB-RJ), Eduardo Braga (PMDB-AM) e Eunício Oliveira (PMDB-CE).

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