A filiação de Marina Silva ao PSB, anunciada formalmente no último sábado, ganhou a capa das principais revistas semanais do País neste fim de semana, com direito a entrevistas ping pong da ex-senadora e do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, em Veja, da Editora Abril. A união foi destaque também na IstoÉ, para quem Campos concedeu uma entrevista exclusiva, na Exame, publicação econômica da Abril, que exalta a dupla como a "nova oposição", na Época, da Editora Globo, que afirma que a chapa tem o peso de dois candidatos, e na Carta Capital, que, sem palavras, expressou a dúvida que a filiação deixa no cenário eleitoral de 2014.
Este é um sinal expressivo do rebuliço que a aliança vem provocando no ambiente político. Petistas chamam Campos, aliado histórico do PT e do ex-presidente Lula, de "traidor". Os militantes da Rede Sustentabilidade, partido idealizado por Marina mas que não chegou a ser registrado a tempo das eleições, se viram surpreendidos e, muitos, insatisfeitos com o anúncio. Até mesmo dentro do PSB a notícia foi inesperada para muita gente. Enquanto isso, a ex-ministra chegou falando mal de aliados e desmanchando alianças já certas para o próximo ano, como com o DEM, do deputado Ronaldo Caiado, que acabou sendo preterido por Campos em favorecimento de Marina.
"Não é hora de discutir intenção de voto"
À Veja, Eduardo Campos declara que Marina Silva veio para "adensar" seu projeto e que este não é o momento para discutir intenções de voto. A entrevista foi publicada antes da divulgação do Datafolha, que aponta Marina à frente de Campos. "A candidatura que já estava posta era a minha, e a Marina veio para adensar esse projeto. Não é hora de ficar discutindo intenção de voto", afirmou. O governador também admitiu ter divergências com a nova aliada. "Não é uma aliança entre iguais. Eram dois projetos distintos que, por contingência, se uniram. Não tivemos nem uma semana para tratar das divergências ainda", declarou. Campos voltou a criticar a polarização de partidos no poder: "Chega dessa disputa entre PT e PSDB".
"Aliança não é contra ninguém"
Marina Silva declarou não "agir por vingança" ao ter se filiado ao PSB. "Essa aliança não é contra ninguém, é a favor da política. Ninguém suporta mais esse atraso que pode minar as conquistas dos governos de Fernando Henrique, Lula e Dilma. E só uma terceira força poderá mudar o país. Não ajo por vingança, mas por uma legítima defesa da esperança", declarou a ex-ministra, também em entrevista à revista da Editora Abril. Sobre a possibilidade de inversão de chapa, declarou: "eu jamais discuti isso". E, como Campos, admitiu divergências. "Nós somos de partidos diferentes e faremos um esforço para montar uma candidatura nacional. As divergências, obviamente, existem. E os dois lados terão de ceder um pouco".
Datafolha
Na primeira pesquisa feita após a migração da líder da Rede para o PSB, o cenário ainda se mostrou bastante favorável para a ainda possível candidata à presidência – uma vez que o partido afirmou que só definirá em 2014 o nome a concorrer na chapa. Segundo João Paulo Capobianco, integrante da Comissão Nacional da Rede e coordenador da campanha de Marina em 2010, a ex-senadora recebeu a pesquisa com otimismo. "Ela cresce, e o Eduardo também cresce. Avalio como positivo se olharmos o nível de conhecimento, o índice de rejeição (de Marina). O caminho da coalizão é bastante interessante", avaliou Capobianco, segundo o jornal O Globo. Os números mostram que ela é a candidata mais próxima da presidente Dilma Rousseff.
O PSB também comemorou o resultado, especialmente pelo fato de Eduardo Campos ter crescido entre o eleitorado de maior escolaridade e renda. Na avaliação da equipe, o desafio é manter um bom desempenho entre as classes mais altas. Para o presidente do PSB, a pesquisa mostra que as pessoas estão vendo "um novo caminho". "Uma semana depois de anunciada a união entre PSB e Rede, fico feliz ao ver que, à medida que as pessoas tomam conhecimento dessa aliança programática, vão percebendo que há um novo caminho possível", disse o governador neste sábado.
Este é um sinal expressivo do rebuliço que a aliança vem provocando no ambiente político. Petistas chamam Campos, aliado histórico do PT e do ex-presidente Lula, de "traidor". Os militantes da Rede Sustentabilidade, partido idealizado por Marina mas que não chegou a ser registrado a tempo das eleições, se viram surpreendidos e, muitos, insatisfeitos com o anúncio. Até mesmo dentro do PSB a notícia foi inesperada para muita gente. Enquanto isso, a ex-ministra chegou falando mal de aliados e desmanchando alianças já certas para o próximo ano, como com o DEM, do deputado Ronaldo Caiado, que acabou sendo preterido por Campos em favorecimento de Marina.
"Não é hora de discutir intenção de voto"
À Veja, Eduardo Campos declara que Marina Silva veio para "adensar" seu projeto e que este não é o momento para discutir intenções de voto. A entrevista foi publicada antes da divulgação do Datafolha, que aponta Marina à frente de Campos. "A candidatura que já estava posta era a minha, e a Marina veio para adensar esse projeto. Não é hora de ficar discutindo intenção de voto", afirmou. O governador também admitiu ter divergências com a nova aliada. "Não é uma aliança entre iguais. Eram dois projetos distintos que, por contingência, se uniram. Não tivemos nem uma semana para tratar das divergências ainda", declarou. Campos voltou a criticar a polarização de partidos no poder: "Chega dessa disputa entre PT e PSDB".
"Aliança não é contra ninguém"
Marina Silva declarou não "agir por vingança" ao ter se filiado ao PSB. "Essa aliança não é contra ninguém, é a favor da política. Ninguém suporta mais esse atraso que pode minar as conquistas dos governos de Fernando Henrique, Lula e Dilma. E só uma terceira força poderá mudar o país. Não ajo por vingança, mas por uma legítima defesa da esperança", declarou a ex-ministra, também em entrevista à revista da Editora Abril. Sobre a possibilidade de inversão de chapa, declarou: "eu jamais discuti isso". E, como Campos, admitiu divergências. "Nós somos de partidos diferentes e faremos um esforço para montar uma candidatura nacional. As divergências, obviamente, existem. E os dois lados terão de ceder um pouco".
Datafolha
Na primeira pesquisa feita após a migração da líder da Rede para o PSB, o cenário ainda se mostrou bastante favorável para a ainda possível candidata à presidência – uma vez que o partido afirmou que só definirá em 2014 o nome a concorrer na chapa. Segundo João Paulo Capobianco, integrante da Comissão Nacional da Rede e coordenador da campanha de Marina em 2010, a ex-senadora recebeu a pesquisa com otimismo. "Ela cresce, e o Eduardo também cresce. Avalio como positivo se olharmos o nível de conhecimento, o índice de rejeição (de Marina). O caminho da coalizão é bastante interessante", avaliou Capobianco, segundo o jornal O Globo. Os números mostram que ela é a candidata mais próxima da presidente Dilma Rousseff.
O PSB também comemorou o resultado, especialmente pelo fato de Eduardo Campos ter crescido entre o eleitorado de maior escolaridade e renda. Na avaliação da equipe, o desafio é manter um bom desempenho entre as classes mais altas. Para o presidente do PSB, a pesquisa mostra que as pessoas estão vendo "um novo caminho". "Uma semana depois de anunciada a união entre PSB e Rede, fico feliz ao ver que, à medida que as pessoas tomam conhecimento dessa aliança programática, vão percebendo que há um novo caminho possível", disse o governador neste sábado.
Folha