Peritos médicos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) ameaçam realizar paralisações em janeiro de 2024 após o descumprimento pelo Governo Federal de um acordo fechado em 2022, ano da última greve da categoria - que durou mais de 50 dias. Eles também pedem um reajuste salarial de 23% e a contratação de novos peritos.
Na terça-feira (12), uma assembleia realizada pela ANMP (Associação Nacional de Médicos Peritos) definiu que as paralisações vão acontecer em três dias: 17, 24 e 31 de janeiro. A entidade encaminhou um ofício ao Ministério da Previdência Social, pasta comandada por Carlos Lupi.
Os representantes da ANMP alegam que o ministro rompeu qualquer comunicação com a categoria em abril de 2023, adotando medidas contrárias à carreia e violando acordos assumidos pelo Ministério.
"Apesar das promessas feitas pelo Ministro de Estado, nenhuma ação positiva foi tomada pela autoridade máxima do órgão", diz o ofício da associação.
Além do cumprimento do acordo realizado em 2022, os peritos também reivindicam:
- a realização urgente de concurso público para a convocação de 1.500 novos peritos;
- reajuste salarial de 23%.
A contratação de 1.500 novos médicos seria uma prioridade, segundo a ANMP, devido ao número reduzido de peritos atuantes em todo o território nacional. A categoria já conta com pelo menos 3 mil cargos vagos.
Na greve de 2022, os peritos pediam um reajuste salarial de 19,9%, mas acabaram aceitando receber o mesmo aumento concedido a todos os servidores federais, de 9%. Agora, alegando "defasagem remuneratória acumulada ao longo dos últimos anos", eles reivindicam um aumento salarial de 23%.
SBT