O
cardeal Robert Francis Prevost, de 69 anos, foi eleito nesta
quinta-feira (8) o novo papa. O Vaticano anunciou, no começo da tarde,
que o religioso de Chicago, nos Estados Unidos, foi o escolhido no
conclave. O americano escolheu o nome Leão XIV.
+ Habemus papam: novo pontífice é eleito no conclave
Prevost
foi escolhido por pelo menos 89 dos 133 cardeais, dois terços dos
eleitores do conclave. Com dupla nacionalidade, estadunidense e peruana,
ele será o primeiro pontífice dos EUA.
Em
2023, foi promovido a cardeal e indicado pelo papa Francisco para ser o
prefeito do Dicastério para os Bispos – um dos cargos mais importantes
do Vaticano.
Nascido em Chicago, Illinois, em 14 de setembro de 1955, o novo papa ingressou na Ordem de Santo Agostinho em 1977, aos 22 anos. Ele será o primeiro pontífice agostiniano.
Filho
de Louis Marius Prevost, de ascendência francesa e italiana, e de
Mildred Martínez, de ascendência espanhola, ele foi ordenado sacerdote
em 1982 e, três anos depois, virou missionário no Peru, onde trabalhou
até o final da década de 90.
Em
1999, foi nomeado para a Província Agostiniana de Chicago e retornou
para os EUA. Em 2014, o papa Francisco nomeou Prevost como administrador
apostólico da Diocese de Chiclayo, no norte do Peru, e bispo titular de
Sufar. Depois, ocupou o cargo de bispo de Chiclayo por oito anos até
ser nomeado como prefeito do Dicastério para os Bispos – escritório do
Vaticano responsável por nomear e administrar bispos no mundo todo – e
Presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina.
Polêmicas.
Robert
Prevost enfrenta acusações de encobrir abusos sexuais. No Peru, ainda
como bispo, ele foi acusado por uma mulher de conduzir mal uma
investigação de abuso sexual contra dois padres de Chiclayo. A vítima,
que teria sido abusada com outras duas meninas antes do religioso ser
nomeado bispo, também afirmou que os padres continuaram celebrando
missas mesmo após a denúncia. A informação é do The New York Times.
A diocese de Chiclayo informou que Prevost chegou a abrir uma investigação, que acabou encerrada pelo Vaticano. Após a chegada de um novo bispo, a investigação foi reaberta.
Ativistas
de Chicago também afirmaram que seu escritório na cidade não alertou
uma escola católica de que um padre, considerado por autoridades como
abusador de meninos, foi acolhido em um mosteiro próximo nos anos 2000.
Prevost, que era o chefe da Província Agostiniana de Chicago, teria
autorizado a mudança do clérigo para o local.
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