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Ministro de Lula pede demissão após ser flagrado em vídeo juntos aos invasões do dia 8 de Janeiro



O general da reserva Gonçalves Dias, conhecido como G. Dias, pediu demissão do cargo de ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Lula nesta quarta-feira (19/4).


O pedido foi feito em uma reunião a sós entre o militar e o presidente no Palácio do Planalto, após a CNN Brasil publicar imagens da atuação do general no dia da invasão à sede dos Três Poderes, em 8 de janeiro.


Nas imagens reveladas pela emissora, G. Dias aparece caminhando ao lado dos golpistas no Planalto. Em um dos trechos, o então ministro do GSI parece indicar a saída do local aos invasores, sem prendê-los.


As imagens começaram a ser veiculadas pela manhã. Com a repercussão do caso, Lula convocou uma reunião de emergência com ministros do núcleo duro do governo para discutir a situação do general.


Participaram desse encontro os ministros Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Flávio Dino (Justiça) e Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social).


O vice-presidente Geraldo Alckmin, que acumula o cargo de ministro da Indústria e Comércio, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos, também participaram da reunião.


Insustentável


No encontro, os ministros avaliaram a Lula que a permanência de G. Dias no cargo havia se tornado insustentável do ponto de vista político e que o general deveria, no mínimo, se afastar do cargo.


Ministros do governo dizem que o militar havia contado ao presidente que esteve no Planalto no dia 8 de janeiro, mas não relatou detalhadamente a atuação de seus subordinados.


Logo após o encontro com o grupo de ministros, Lula recebeu o general do GSI no gabinete presidencial. Segundo relatos, Dias ressaltou ser inocente e não ter qualquer participação nos atos golpistas.


Admitindo que sua permanência já havia se tornado tóxica, o próprio general pediu demissão a Lula, tornando-se o primeiro ministro do governo a cair. O pedindo foi prontamente atendido pelo presidente.


Metrópoles