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EU DECLARO O RÉU INOCENTE; Por João Filho



Todos nós pensávamos que o Supremo Tribunal Federal seria a última instância da "Justiça" brasileira...


Mas, ontem, incrivelmente descobrimos que é o Jornal Nacional, da Rede Globo, na figura do seu âncora, o BONNER, quem exerce agora essa função, ou seja, que define, de modo irrecorrível e incontestável, quem deve e quem não deve à "Justiça" brasileira, em suma, para que lado pende a balança da justiça, quanto a quem é culpado ou inocente.


Há poucos dias, o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, afirmou claramente que as anulações dos processos do Lula são apenas por motivos formais (foram iniciados no local - CEP - errado), dando a entender que os motivos materiais, ou seja, as provas (mais de 3.000), não foram consideras para a decisão.


Não houve, portanto, o exame do mérito (o cerne da ação penal, o pedido principal formulado pela acusação, que, no caso Lula, é a acusação por lavagem de dinheiro e corrupção passiva).


De modo que anulação é uma coisa, ser declarado inocente é outra. Por isso o Fux disse que só foram considerados os fatores formais, excetuado-se o exame das acusações materiais (o mérito), a parte principal do processo.


Ontem, no entanto, no famigerado Jornal Nacional, o BONNER, enaltecendo-se, presunçosa e ilegalmente acima da nossa dita "Justiça", alvorou-se de Supremo Juiz e declarou, em definitivo, para o Lula: "O senhor não deve mais nada para a Justiça!"


É assim mesmo, 'em terra que os Juízes Supremos (STF) rasgam a Carta Magna em muitas de suas decisões, até mesmo um reles e descarado jornalista, se reveste de uma imaginária toga e começa a proferir decisões de absolvição, com velada aprovação dos realmente juízes.

Que coisa, não?


Por João Filho