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Moro diz estar perplexo com pedido de bloqueio de bens



Sergio Moro reagiu nesta sexta-feira, 4, à decisão do subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado de pedir que o Tribunal de Contas da União (TCU) bloqueie seus bens.



Em nota, o ex-ministro da Justiça e ex-juiz da Lava Jato, hoje postulante ao Palácio do Planalto, disse que a decisão “causa perplexidade” e que ficou evidenciado o “abuso de poder” do procurador.



Moro disse que pretende representar Furtado aos órgãos competentes, para promover ação de indenização por danos morais.

“O cargo de Procurador do TCU não pode ser utilizado para perseguições pessoais contra qualquer indivíduo”, afirma o ex-juiz.

Sergio Moro rechaçou a suspeição de que teria havido alguma irregularidade tributária em seu contrato com a empresa de consultoria Alvarez & Marsal.


“Já prestei todos os esclarecimentos necessários e coloquei à disposição da população os documentos relativos a minha contratação, serviços e pagamentos recebidos, inclusive com os tributos recolhidos no Brasil e nos Estados Unidos.”


O ex-juiz declarou ainda que sua vida pública e privada é marcada pela luta contra a corrupção e pela integridade e disse não ter nada a esconder.


Íntegra da nota de Sergio Moro

“O Procurador do TCU Lucas Furtado, após reconhecer que o TCU não teria competência para fiscalizar a minha relação contratual com uma empresa de consultoria privada e pedir o arquivamento do processo, causa perplexidade ao pedir agora a indisponibilidade de meus bens sob a suposição de que teria havido alguma irregularidade tributária.


Já prestei todos os esclarecimentos necessários e coloquei à disposição da população os documentos relativos a minha contratação, serviços e pagamentos recebidos, inclusive com os tributos recolhidos no Brasil e nos Estados Unidos.


Minha vida pública e privada é marcada pela luta contra a corrupção e pela integridade, nada tenho a esconder.


Fica evidenciado o abuso de poder perpetrado por este Procurador do TCU. Pretendo representá-lo nos órgãos competentes, como já fez o Senador da República, Alessandro Vieira, e igualmente promover ação de indenização por danos morais.


O cargo de Procurador do TCU não pode ser utilizado para perseguições pessoais contra qualquer indivíduo.”


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