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OMS afirma que “talvez nunca exista” uma vacina contra covid-19

O diretor-geral da Organização Mundial Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse nesta segunda-feira (3) que vacina ou cura para a covid-19 podem não se tornar realidade.
Tedros ainda afirmou que as imunizações testadas podem não funcionar, ou oferecer proteção por apenas alguns meses. “Não existe bala de prata no momento e talvez nunca exista ”, disse o diretor-geral.

De acordo com a organização, são 25 vacinas já sendo testadas em seres humanos, sendo 6 delas na chamada fase 3 – os últimos ensaios antes da conclusão.
“Há preocupação de que talvez não tenhamos uma vacina que funcione. Ou que a proteção oferecida possa durar apenas alguns meses, nada mais”, relatou.

Tedros ainda declarou que não é possível saber até que se concluam os testes. O diretor-geral relatou que os estudos estão sendo desenvolvidos a uma velocidade sem precedentes.

OMS afirma que pandemia durará muito tempo

O Comitê de Emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou que a pandemia da covid-19 ainda durará muito tempo e, por isso, é necessário continuar os esforços para a sua contenção em todo o mundo.

De acordo com dados oficiais da OMS, a doença já provocou 675.060 mortos e infectou quase 17,4 milhões de pessoas em todo o mundo.

Composto por 18 cientistas de vários países, o grupo de profissionais, que se reuniu por videoconferência, avaliou a evolução da pandemia de covid-19, tendo em conta toda a informação científica que surgiu sobre o novo coronavírus nos últimos três meses, data da última reunião.

“A pandemia é uma crise sanitária que ocorre uma vez em cada século, e os seus efeitos serão sentidos nas décadas seguintes”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Segundo informações da Agência Brasil, Tedros fez também um balanço do que tem acontecido, observando que “muitos países que pensavam que o pior já tinha passado estão agora enfrentando novos surtos, outros que tinham sido menos afetados estão com aumentos de casos e de óbitos, enquanto países que tiveram grandes surtos conseguiram controlá-los”.




Por Mílibi Arruda, O Estado de S.Paulo