O presidente estadual do PT na Paraíba, Charliton Machado, se posicionou contrário a qualquer possibilidade de aliança entre a legenda e o PSDB na Paraíba, em 2016.
Em entrevista à Rádio Arapuan FM, no início da tarde desta sexta-feira (3), o dirigente petista defendeu a manutenção da composição com o PSB, do governador Ricardo Coutinho, e bateu pesado no líder maior dos tucanos no Estado, o senador Cássio Cunha Lima.
“Sou contra essa aliança, hoje o PT e o PSDB dividem um verdadeiro abismo no debate da política brasileira. O PSDB que quer cassar o registro do Partido dos Trabalhadores, o PSDB que pede a renúncia de uma presidente eleita de forma democrática e que tem líder de bancada que saiu pelas portas dos fundos do Palácio da Redenção, cassado, Cássio Cunha Lima, que se coloca hoje como paladino da moralidade para cobrar uma posição política da presidente Dilma. Esse partido não serve para uma aliança, nem em João Pessoa e nem na Paraíba”, disse.
Apesar da posição forte, Charliton afirmou que a Executiva Estadual do PT vai respeitar a decisão dos diretórios municipais sobre a formalização de alianças locais com partidos que hoje fazem oposição no cenário nacional. Mas, de acordo com ele, o PT nacional é quem vai dar a última palavra sobre esses acordos, com base nas resoluções da legenda, que veta composições, por exemplo, com o PSDB e Democratas.
Caso de João Pessoa
Charliton Machado também negou a existência de uma aliança em curso do PT com o PSDB em João Pessoa. Segundo ele, o que ocorre são decisões pontuais de três vereadores tucanos que integram a bancada de sustentação ao governo Luciano Cartaxo (PT), na Câmara Municipal, sendo que um deles ocupa o cargo de secretário Municipal de Comunicação.
“Ai tem que perguntar ao presidente do PSDB, porque Cássio disse que as administrações do PT são desastrosas, seria bom perguntar a Ruy Carneiro porque os vereadores não acham desastrosa a gestão de Luciano Cartaxo. Se eles estão apoiando é porque a gestão é boa, tem cumprido uma agenda de compromissos com a sociedade”, disse.
“Agora, isso não significou uma aliança, tanto que em 2014, nos aliamos ao PSB e derrotamos aquilo que seria o retorno de Cássio Cunha Lima à Paraíba”, complementou.
Continuidade ao lado do PSB
Ainda durante a entrevista, o presidente do PT defendeu a continuidade da aliança com o PSB. Ele afirmou que o acordo estabelecido em 2012 não teve a obrigatoriedade de nenhuma das partes de continuar na eleição de 2016. No entanto, Charliton almeja um compromisso de esquerda entre legendas por vários anos.
“Eu defendo a manutenção da aliança com o PSB, mas é bom que se diga: nós não fizemos uma aliança em 2014 dizendo a Ricardo [Coutinho] que ele seria obrigado a nos apoiar em 2016”, disse. “Caberá ao PT e ao PSB analisar o que foi aquela aliança vitoriosa em 2014 e decidir o que quer em 2016. Temos que apostar em projetos mais consolidados de poder, dentro do processo democrático”, concluiu.
Ângelo Medeiros
WSCOM
João Filho, Professor efetivo na Secretaria de Educação do Estado da Paraíba e na Secretária de Educação do Município de Conceição-PB. Graduado, Especialista e Mestre em Ensino de História, Graduando em Direito e Jornalismo. 
Erik Figueiredo, Tem pós-doutorado em economia pela University of Tennessee, Estados Unidos. Trabalhou como subsecretario de política fiscal do Ministério da Economia.
Luiz Rosa Filho, Mestre em Letras, pós- graduado em Língua, linguística e Literatura, graduado em Letras, graduando em Direito, e Professor da rede estadual de ensino.
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