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Governo Lula aumenta IOF! Entenda o que está acontecendo e o impacto nas suas compras no cartão de crédito?



Se você usa cartão de crédito, algum produto ou serviço financeiro, é melhor ler tudo até o final: é que o Governo elevou o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e isso vai deixar algumas operações financeiras que você faz mais caras.  

O IOF é um tributo federal cobrado em cima de algumas operações financeiras, como: 

  • Câmbio (na compra de moeda estrangeira);
  • Operações de crédito, como empréstimo pessoal ou financiamento);
  • Seguros;
  • E na compra e venda de investimentos.

O objetivo do IOF é aumentar a receita da União, e ajudar o Governo a manter o caixa no positivo. 

A seguir, entenda por que esse imposto vai ficar mais caro, as novas alíquotas e o impacto disso no seu orçamento. 

O IOF aumentou como parte de um plano do Governo para aumentar as receitas e, assim, manter as contas do governo dentro da meta fiscal estabelecida pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). 

Em termos práticos, tudo isso funciona assim: você tem um orçamento, com gastos e entradas de dinheiro, certo? E o objetivo é sempre manter um equilíbrio dessa conta, com receitas maiores do que os gastos. Além disso, você também tem objetivos, seja viajar, juntar uma determinada quantia de dinheiro, trocar o celular. Com o Governo não é muito diferente. 

Além de equilibrar os gastos e os ganhos, a União precisa também cumprir alguns objetivos financeiros, como ter níveis específicos de investimentos e dívidas. E assim como você precisa fazer ajustes quando a sua meta está muito distante de ser batida, o Governo também. 

Esses ajustes nas contas públicas foram anunciados no dia 22 de maio de 2025 pelo Ministério da Fazenda. O aumento do IOF foi uma dessas mudanças e tem a função de aumentar a receita da União. 

A alteração do IOF afeta tanto pessoas físicas como empresas, mas não afeta todas as operações de crédito. Saiba o que mudou: 

Compras internacionais 

As compras feitas com cartões de crédito e débito internacional, cartão pré-pago internacional e cheques de viagem para gastos pessoais serão tributadas em 3,5%. 

Antes, o IOF era de 3,38% sobre o valor total da compra para 2025. Pela regra antiga, o IOF neste caso seria reduzido, ano a ano, até ser zerado em 2028. Essa redução gradual, que vigorava desde 2022, foi interrompida.

Na prática, se você faz compras no exterior usando o cartão de crédito e débito internacional, além de cartão pré-pago, vai pagar mais caro. E isso vale também para as compras com esses meios de pagamento feitas no Brasil em sites internacionais.   

Compra e saque de moeda estrangeira

O IOF para compra e saque de moeda estrangeira em espécie é agora de 3,5%. Antes, era de 1,1%.  

Ou seja, toda vez que você comprar ou sacar moeda estrangeira em caixas eletrônicos no exterior, vai pagar mais caro.

Remessas para o exterior

No caso de remessa de recurso para conta do contribuinte brasileiro no exterior, o IOF passa de 1,10% para 3,5%. Já na remessa de recurso para conta de terceiros no exterior, a alíquota passa de 0,38% para 3,5%.  

Empréstimos de curto prazo

Nos empréstimos externos de curto prazo, o IOF era 0% e passa a ser 3,5%, apenas para operações com prazo inferior a 365 dias. 

Planos de previdência privada

As pessoas que têm planos do tipo VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres) não pagavam IOF. Agora, para aportes de mais de R$ 50 mil por mês, há IOF de 5%.  

Crédito para empresas (regra geral)

As empresas pagam IOF na contratação de crédito e pagam alíquotas diárias, mas há um limite máximo dessa cobrança. Todos esses valores subiram. 

Cobrança de IOFAntesAgora
Na contratação0,38%0,95%
Diária0,0041%0,0082%
Limite máximo de IOF pago1,88%3,95%

Empresas do Simples Nacional

Já as empresas que estão enquadradas no Simples Nacional – ou seja, aquelas que têm um faturamento máximo de R$ 4,8 milhões (limite de 2025) – e que não são MEI (Microempreendedor individual) agora pagam as seguintes alíquotas de IOF para operações de crédito de até R$ 30 mil. 

Cobrança de IOFAntesAgora
Na contratação0,38%0,95%
Diária0,00137%0,00274%
Limite máximo de IOF pago0,88%1,95%

Para crédito acima de R$ 30 mil, essas empresas vão pagar as seguintes alíquotas. 

Cobrança de IOFAntesAgora
Na contratação0,38%0,95%
Diária0,0041%0,0082%
Limite máximo de IOF pago0,88%3,95%

Crédito para MEI

Já os microempreendedores individuais vão pagar as seguintes alíquotas para créditos de até R$ 30 mil. 

Cobrança de IOFAntesAgora
Na contratação0,38%0,38%
Diária0,00137%0,00274%
Limite máximo de IOF pago0,88%1,38%

Para crédito acima de R$ 30 mil, a mudança do IOF fica assim para o MEI: 

Cobrança de IOFAntesAgora
Na contratação0,38%0,38%
Diária0,0041%0,0082%
Limite máximo de IOF pago0,88%3,38%

O IOF em operações de empréstimo para pessoas físicas não teve alteração. Por isso, não se preocupe: se você tem ou quer contratar algum empréstimo ou fazer um financiamento, nada muda. 

O Nubank, por exemplo, tem um portfólio amplo de crédito, para diferentes perfis: há o empréstimo pessoal, com investimentos como garantia e diferentes modalidades de empréstimo consignado. A contratação é feita diretamente pelo app do Nu e você consegue checar todas as taxas, incluindo o IOF, de forma clara e sem letras miúdas, antes de fechar o contrato de empréstimo. Com o Nu, você tem N possibilidades para realizar os seus planos.

Não mais. No dia 22 de maio, o Ministério da Fazendo divulgou que o IOF para as transferências para aplicações em fundos nacionais no exterior passaria de 0% para 3,5%. Contudo, no dia 23 de maio, o Governo voltou atrás e essa taxa continua zerada. 

Além disso, as remessas de pessoas físicas ao exterior destinadas a investimentos continuarão com a alíquota de 1,1% por operação.

Essa mudança foi publicada no Diário Oficial da União.

As mudanças no IOF também impactaram outros produtos financeiros. Clientes do Nubank, por exemplo, que compram e vendem criptoativos pelo Nubank Cripto passam a ter novas taxas, a depender do volume de criptos negociadas. Entenda abaixo:

Tipo de operaçãoAntesAgora
Transações de mais R$ 10 mil nos últimos 45 dias0,2%0,6%
Transações entre R$ 2 mil e R$ 9.999 nos últimos 45 dias0,4%0,8%
Transações entre R$ 100 e R$ 1.999 nos últimos 45 dias0,6%1%
Transações de até R$ 99 nos últimos 45 dias0,8%1,2%
Trocas de criptoativos0%0%