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Polícia Civil prende 15 influencers que divulgam ganho fácil e enganoso



Em duas semanas a Polícia Civil do Ceará prendeu 15 influenciadores que divulgavam ganho fácil e enganoso em cassinos on-line, conhecidos como o "jogo do tigrinho". A operação mais recente ocorreu nesta quarta-feira (2) e resultou na prisão de 10 influencers.


A investigação, que começou em abril de 2024, aponta que os influenciadores gravavam vídeos com ganhos fictícios em plataformas de cassino online e postavam em suas redes sociais para atrair apostadores. Além disso, os suspeitos enganavam os seguidores com "conta demo", simulando o ganho fácil de dinheiro.


A "Operação Quéfren", realizada nesta quarta, cumpriu 13 mandados de prisão, 17 mandados de busca e apreensão, 23 mandados de busca veicular e 15 mandados de bloqueio de bens e valores. A ação foi realizada simultaneamente no Ceará, São Paulo, Mato Grosso e Pará.


Aqui no Estado, a polícia cumpriu mandados em Fortaleza, Juazeiro do Norte, Itaitinga e Eusébio.


Em Juazeiro, a polícia prendeu cinco influenciadores. São eles: Brenna Brito, Felipe Galviz, Joyce Gomes, Ellen Márcia e Lauane Alves. Três veículos de luxo, cada um avaliado em R$ 500 mil, foram apreendidos com os suspeitos.


Durante a Audiência de Custódia, Ellen Márcia teve a prisão preventiva substituída pela prisão domiciliar mediante o cumprimento das seguintes medidas cautelares: uso de tornozeleira eletrônica e ficando proibida de acessar a internet, bem como de manter qualquer contato e ou acesso às redes sociais, além de não poder manter contato com os demais investigados. Um dos requisitos levado em consideração pela Justiça foi que a influenciadora possui filho menor de 12 anos.


Até a publicação desta reportagem, Brenna, Felipe, Joyce e Laune permaneciam detidos.


A advogada Dágila Ribeiro, que representa os influenciadores Brenna Brito e Felipe Galviz, disse que "eles estão cientes da participação deles, mas está tudo legalizado, as plataformas estão legalizadas, todos os impostos foram pagos".


"No mais, a gente só pode ir no decorrer da investigação. A investigação vem ocorrendo desde 2023, então legalizou uma parte agora no último ano. E aí, com relação às divulgações anteriores, eles devem sim esclarecer na justiça, mas aí tudo vai ser feito no processo", explicou a representante.



G1