Pelo andar da carruagem, três agrupamentos políticos mais um começam a se formar para disputar as eleições em João Pessoa.
De um lado, o prefeito Cícero Lucena (Progressistas), que disputará a reeleição, tem apoio relevante do governador João Azevedo e larga, de acordo com as últimas pesquisas, em condições de vencer a parada já no primeiro turno, caso o cenário não mude substancialmente.
De outro lado, um agrupamento mais à esquerda, outro mais à direita que, a despeito de espelharem a polarização nacional entre Lula e Bolsonaro, talvez não consigam catalisar o eleitorado a ponto de irem as duas forças para um eventual segundo turno.
Pela esquerda, as últimas movimentações indicam a realização de prévias no PT, com favoritismo, a preço de hoje, para a deputada Cida Ramos no embate contra Luciano Cartaxo, apesar de Cartaxo demonstrar mais viabilidade eleitoral, conforme pesquisas.
Pela direita, após intervenção do ex-presidente Bolsonaro, surge a possibilidade de uma união em torno do médico e ex-ministro Marcelo Queiroga (PL), incluindo até, ocasionalmente, o Pastor Sérgio Queiróz. O apoio de peso é, sem dúvida, o deputado Cabo Gilberto, que, inclusive, deverá atuar como coordenador da campanha. Pode surpreender.
Há também uma incógnita, que é o deputado Ruy Carneiro (Podemos). Ele não vive exatamente um bom momento, após ser condenado pela Justiça, na esteira do Caso Desk. Corre o risco de precisar passar toda campanha, caso mantenha a candidatura, tentando se explicar. O que não é nada confortável.
Por fim, os partidos bem mais à esquerda do PT deverão ter também seu espaço, a exemplo do PSol que, pelo menos até o momento, ainda não demonstram musculatura suficiente para entrar no páreo com chances de vitória.
Cenários – Pelo que sinalizam as pesquisas, Cícero tem larga margem à frente e, se não vencer no primeiro turno, deverá estar no segundo. Nessas circunstâncias, a pergunta é: quem irá contra Cícero? Cida Ramos (vencendo as prévias do PT), Marcelo Queiroga ou Ruy?
Cida, passando de fase, certamente atrairá o apoio do PT nacional, que terá todo interesse em impulsionar seu nome. Mas, ela tem chances mínimas de somar atraindo o eleitoral de Queiroga. Talvez um pouco mais de Ruy.
Sendo Marcelo Queiroga, vale o inverso. Não terá apoio dos petistas, em nenhuma circunstâncias por ser o representante oficial do bolsonarismo. Passando Ruy, resta esperar quem terá mais habilidade de atrair apoios no segundo turno.
Nos três cenários, quem tem mais chances de atrair substância eleitoral, pela habilidade de somar, é, pelo visto, Cícero. O que torna as eleições de outubro muito à feição do prefeito.
Mas, esse é o retrato do momento. Mas, só um fato novo de grandes proporções o que se desenha atualmente.
Fonte: Hélder Moura
João Filho, Professor efetivo na Secretaria de Educação do Estado da Paraíba e na Secretária de Educação do Município de Conceição-PB. Graduado, Especialista e Mestre em Ensino de História, Graduando em Direito e Jornalismo. 
Erik Figueiredo, Tem pós-doutorado em economia pela University of Tennessee, Estados Unidos. Trabalhou como subsecretario de política fiscal do Ministério da Economia.
Luiz Rosa Filho, Mestre em Letras, pós- graduado em Língua, linguística e Literatura, graduado em Letras, graduando em Direito, e Professor da rede estadual de ensino.
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