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Criança que incendiou casa de avós pesquisou por “rituais de bruxaria” no aparelho celular



Estão sendo investigados os comportamentos de uma criança de 11 anos que provocou um incêndio na casa dos avós em Patos de Minas (MG), e em seguida saiu para andar de patins. Relatos sugerem que a menina já tinha demonstrado oscilações de humor antes da reação inesperada de incendiar o apartamento e trancar os avós em um quarto.


A garota teria se revoltado após a avó proibi-la de usar o celular porque teria visto várias buscas feitas pela neta por “rituais de bruxaria”. A polícia ainda não sabe se o incêndio teve relação com o interesse pelo tema.


A imagem dos idosos pulando do 4º andar do prédio para escapar do fogo viralizou nas redes sociais durante o último fim de semana. Ambos foram socorridos e levados ao hospital. A avó apresentava dores no peito e nas pernas, enquanto o avô não precisou de atendimento médico.


Criança não teve autorização para usar o celular


Antes de provocar o incêndio, a criança pediu permissão para usar o celular, mas a avó negou. Em resposta, a menina trancou os avós no quarto e iniciou o incêndio. Eles arrombaram a porta para escapar, mas o fogo já havia se espalhado pela sala.


Foi nesse momento que perceberam que só conseguiriam sair pulando, então romperam a tela de proteção da janela. Moradores do prédio já estavam apostos do lado de fora para ajudá-los, pois uma grande quantidade de fogo e fumaça já estava visível no apartamento.


Após incendiar o apartamento, a criança desceu para brincar de patins no playground. As primeiras informações sobre o incidente foram divulgadas pela Rádio Itatiaia e pelo jornal O Tempo, que tiveram acesso ao Boletim de Ocorrência registrado pela Polícia Militar.


Acompanhamento psicológico


A criança foi entregue à mãe e está sob a observação do Conselho Tutelar. De acordo com a entidade, a criança foi ouvida e receberá acompanhamento de assistentes sociais e psicólogos.


O relato da criança à conselheira que a atendeu está sob sigilo judicial. A entidade está seguindo as medidas previstas no artigo 101 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que incluem tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, tanto em regime hospitalar quanto ambulatorial, entre outras ações.


Metrópoles