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A hipocrisia das utopias que desaguaram em ditaduras; Por João Filho



O conceito de UTOPIA, segundo o dicionário Oxford Languages é o seguinte: “lugar ou estado ideal”, de completa felicidade e harmonia entre os indivíduos; qualquer descrição imaginativa de uma sociedade ideal, fundamentada em leis justas e em instituições político-econômicas verdadeiramente comprometidas com o bem-estar da coletividade.


Em outro giro, podemos definir os termos “Ideologias vencidas” como: o conjunto de ideias que, na prática, se provaram utópicas, ineficazes ou que, foram corrompidas no processo de implantação. Exemplos: Socialismo utópico, socialismo científico dentre outras.


Tais Ideias se apresentaram como soluções ao voraz apetite do capitalismo por lucro, ao passo que prometiam igualdade a ser implantada através da estatização da economia; da luta dos trabalhadores; da revolução do proletariado, que implantaria a ditadura do proletariado e consolidaria as bases do socialismo, conduzindo ao Comunismo - último passo para uma sociedade igualitária de fato.


Tais ideários alcançaram grande aceitação no século XIX e XX, mas, como demonstra os fatos históricos (citados na sequência), se perderam na esteira de regimes de governos, que, tendo-os por base, apenas geraram regimes totalitários mediante uma burocracia extremamente corrupta e arbitrária, que, para seguir no poder, sustentar seu projeto, criaram regimes totalitarismos em variados países: URSS (atual Rússia), Itália, Alemanha, Cuba, China, Coreia do Norte, Portugal e Espanha etc.


Tais países, na esteira da implementação desses ideários macabros, passaram pelos regimes de governo ditatoriais (sejam de “esquerda ou de direita” – essa não é a discussão aqui): fascismo, nazismo, stalinismo, comunismo, taoísmo, salazarismo e franquismo etc.


 Calcula-se que tais regimes tenham causado, diretamente ou indiretamente, 200 milhões de mortes, sendo que vários países africanos, no âmbito da Guerra Fria, também foram arrastados para algum dos regimes de governo totalitário citados, restando, em nossos dias, ainda uns 15 países do continente africano, que insistem nas utopias marxista/comuno/socialista moderna.


Longe de experimentarem o mundo igualitário prometido no ideal utópico, terminaram por se envolver em guerrilhas (disputas internas pelo poder), e, como consequência, se afundaram na pobreza, na dizimação de sua população pela fome, doenças e guerras fraticidas, ao passo em que seus líderes sanguinários são mundialmente conhecidos pela vida luxuosa e corrupta que levam. 


Qualquer um que tenha o mínimo de honestidade intelectual e, portanto, apego aos fatos facilmente acessíveis nas mídias diversas, sabe, que muitos dos líderes tirânicos próximos ou distantes, não só africanos, mas, especialmente os da América Latina, já receberam financiamento do Brasil; apoio ideológico, e, não raro, visitam nosso país e conseguem vultosos empréstimos para sustentar o caos em seus "reinos".


Alguns destes governantes ditadores estão no poder em seus países por 20, 30 anos, cometendo todo tipo de afronta aos direitos democráticos universais e humanos.


O breve texto, caro mestre, é corroborado pelos fatos históricos. A argumentação é assentada nos fatos, impossíveis de serem relativizados ou “desacontecidos” (como é a “modinha atual”). Não se trata de cegueira por falta de conhecimento ou ignorância e, ainda mesmo, de mera paixão ideológica, tão comum nos que defendem a implantação de regimes que têm por base utopias vencidas, inaplicáveis, política, social e economicamente. 


Por João Filho , colunista do Portal Conceição PB Online