Plantão

Perícia confirma que Rafaela foi morta por estrangulamento com saco plástico, na Paraíba


Um exame realizado no corpo de Rafaela Ingrid, jovem de 18 anos encontrada morta, neste domingo (2), após passar quatro dias desaparecida, em João Pessoa, confirmou que ela foi morta por estrangulamento. A informação foi confirmada por Adenir Lins, perito do Instituto de Polícia Científica (IPC).


Na necropsia, a perícia conseguiu identificar que Rafaela foi morta por estrangulamento com um saco plástico em volta do pescoço. Também foi possível concluir que a jovem morreu entre o final da noite de quarta-feira (29) e início da madrugada de quinta-feira (30), logo após ter desaparecido.


Após os exames, o corpo de Rafaela foi liberado para o enterro que aconteceu na tarde desta segunda-feira (3), no Cemitério do Cristo, em João Pessoa. Um suspeito de cometer o crime foi preso, ouvido e liberado.


Segundo o perito, foram coletados materiais para exame de DNA, que deve ter resultado divulgado em 30 dias, teste toxicológico e também para saber se a vítima sofreu agressão sexual.


Ademir ainda afirmou que, para o teste de DNA, foram coletados vestígios das unhas de Rafaela, pois é possível que ela tenha tentado se defender. O homem de 24 anos, que foi ouvido e liberado, apresentava lesões na região do pescoço e seu material genético também foi recolhido.


Relembre o caso


Rafaela foi vista pela última vez na noite da quarta-feira (29), após ter saído da casa da namorada no bairro dos Bancários, com um homem de 24 anos. Eles se conheciam há cerca de três dias.


De acordo com a PM, na manhã deste domingo (2), ciclistas que passavam pela região onde o corpo foi encontrado sentiram o cheiro forte e acionaram a polícia. Familiares de Rafaela, que também moram na mesma região, fizeram o reconhecimento.


Na última quarta-feira (29), Rafaela Ingrid teria chorado e relatado na escola onde estudava que não queria voltar para casa. A informação foi revelada pela diretora da unidade escolar onde ela estudava à TV Cabo Branco nesta segunda-feira (3).


Segundo Lígia Fernandes, diretora da escola municipal onde Rafaela Ingrid estudava, no bairro dos Bancários, em João Pessoa, a estudante estava abalada e teria relatado que não queria voltar para casa.


“Ela me procurou na direção, sentou comigo, desabafou, chorou muito… Na conversa orientei ela que ela buscasse ajuda e que ela pudesse encontrar um local para passar a noite, porque ela estava sem querer voltar pra casa. Perguntei se ela queria conversar com psicólogo e ela disse ‘quero não porque é obrigação da minha família ajudar’. Disse a ela ‘tome água, vá no banheiro, lave o rosto’… Ela voltou para a sala e assistiu aula normalmente”, disse a diretora.


No dia seguinte, a jovem já não retornou mais à escola. A diretora também disse que ajudou da forma que pôde e que sempre incentivou Rafaela a concluir os estudos. Ela cursava o 9º ano do ensino fundamental, e estava fora da faixa correta para a idade.


Fonte: G1