O delegado Rodrigo Morais, que investigou a facada sofrida por Jair Bolsonaro (PL, então PSL) na campanha de 2018, deve ocupar um cargo na cúpula da Polícia Federal no futuro governo Lula (PT).
Apesar da pressão de Bolsonaro, os dois inquéritos abertos por Morais sobre atentado não comprovaram a teoria do presidente de que o crime ocorreu por encomenda. Ambas as investigações concluíram que o autor da facada, Adélio Bispo, agiu sozinho.
Morais é próximo do também delegado Andrei Passos Rodrigues, que chefiou a segurança de Lula durante a campanha e vai ser o diretor-geral da PF – o nome foi sugerido pelo futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, e Lula concordou.
Integrantes da PF ouvidos pelo blog apostam que Morais deve ter um papel relevante na estrutura, podendo até comandar a Diretoria de Inteligência Policial do órgão.
Em 2021, o policial foi enviado para os Estados Unidos para atuar por dois anos como oficial de ligação da PF junto a uma força-tarefa no escritório do Homeland Security Investigations, braço investigativo do Departamento de Segurança Interna do governo norte-americano.
Morais, no entanto, já está no país colaborando na transição no Ministério da Justiça.
G1 / Foto: Fernando Zuba/ TV Globo