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Bolsonaro elegeu senadores em 17 Estados; Lula elegeu 8; Veja Mapa!



Os resultados das eleições gerais de 2022 mostram que o presidente Jair Bolsonaro (PL) terá mais facilidade para aprovar projetos no Senado do que o candidato Lula (PT), em caso de vitória no segundo turno. 


Os dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até as 22h deste domingo (2) mostram que o apadrinhamento pelos dois principais nomes da política nacional foi determinante para vencer na disputa para senador. Bolsonaro elegeu 17 senadores aliados. Já Lula alçou 8 senadores. Nestas eleições, 27 das 81 cadeiras estavam na disputa.


No Rio Grande do Sul, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (Republicanos), foi eleito por quase 2,6 milhões de pessoas, mais de 44% dos votos válidos. Foram cerca de 370 mil votos a mais do que Olívio Dutra (PT), apontado como favorito nas pesquisas.


Mais de 714 mil habitantes do Distrito Federal elegeram a ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos Damares Alves (Republicanos). Ela era apoiada pela primeira-dama Michelle Bolsonaro e favorita nas pesquisas, à frente de Flávia Arruda (PL).

No Mato Grosso do Sul, a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina (PP), principal voz do agronegócio na gestão bolsonarista, foi eleita com cerca de 830 mil votos. Ela ficou famosa por colocar panos quentes na crise do governo Bolsonaro com a China e por defender a preservação da Amazônia para evitar danos à exportação. Tereza era favorita nas pesquisas, à frente do ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta (União).

De São Paulo, assumirá no Senado o astronauta Marcos Pontes (PL), ex-ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação do governo Jair Bolsonaro. Foram mais de 10 milhões de votos. As pesquisas apontavam que o favorito era o ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB).

O atual presidente do Senado e aliado de Bolsonaro, Davi Alcolumbre (União Brasil), foi reeleito no Amapá. Em Santa Catarina, assumirá no Senado Jorge Seif (PL), que foi secretário da Pesca do governo Bolsonaro. Ele foi eleito com quase 40% dos votos válidos. Em Goiás, Wilder Morais, também do PL, partido do presidente, venceu para o Senado.

No Rio de Janeiro, o ex-jogador Romário (PL) foi reeleito para o Senado com 29% dos votos válidos. As pesquisas apontavam que ele liderava a preferência dos eleitores, à frente de Alessandro Molon (PSB). No Espírito Santo, Magno Malta (PL), aliado de Bolsonaro que chegou a ser cotado para ministério, foi eleito com quase 42% dos votos válidos para o Senado.

No Mato Grosso, o senador Wellington Fagundes, do partido de Bolsonaro, foi reeleito com mais de 63% dos votos. Em Minas Gerais, Cleitinho (PSC) venceu com apoio do presidente.

Na Paraíba, Efraim Filho (União Brasil) foi eleito para o Senado sem apoio declarado do presidente da República, mas expondo seu alinhamento a Bolsonaro, que oficialmente pediu votos para o candidato Bruno Roberto (PL). Em Roraima, Hiran Gonçalves (PP) foi eleito e também apoia Bolsonaro.

No Rio Grande do Norte, será senador Rogério Marinho (PL), ex-ministro de Desenvolvimento Regional de Bolsonaro, com quase 42% dos votos válidos. Em Rondônia, venceu para o Senado Jaime Bagatolli, filiado ao partido do presidente da República, para quem pediu votos. 

Em Sergipe, Laércio Oliveira (PP), que apoia Bolsonaro, venceu na disputa para o Senado. No Acre, Alan Rick (União Brasil), que sempre declarou apreço pelo presidente da República, venceu na disputa para o Senado. 

Apoiadores de Lula

A maioria dos aliados do ex-presidente Lula está no Nordeste. Na Bahia, Otto Alencar (PSD) foi eleito senador com mais de 58% dos votos válidos. No Ceará, o agrônomo Camilo Santana (PT) venceu na disputa com quase 70% dos votos.

No Pará, Beto Faro (PT) foi eleito senador. No Maranhão, o ex-governador Flávio Dino (PSB), aliado de Lula, venceu a disputa para o Senado com quase 62% dos votos. No Alagoas, Renan Filho (MDB) será senador, após pedir votos para o petista se tornar presidente.

Em Pernambuco, Teresa Leitão (PT) venceu com 46% dos votos e bateu o candidato bolsonarista Gilson Machado (PL). No Piauí, o petista Wellington Dias será senador após ter recebido mais de 51% dos votos válidos. No Amazonas, Omar Aziz (PSD), apoiado por Lula, foi reeleito para o Senado.

No Paraná, Sergio Moro (Republicanos), que rompeu com o presidente após alegar que Bolsonaro interferia no trabalho da Polícia Federal, foi eleito para o Senado com cerca de 33,5% dos votos válidos. No Tocantins, Professora Dorinha (União Brasil) foi eleita sem apoio de Lula ou de Bolsonaro.


Por MARCEL HARTMANN