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Apoiador de Lula, Janones adota fake news como estratégia de campanha e Supremo se faz que não ver



A menos de 20 dias para o segundo turno das eleições, o deputado André Janones intensificou a disseminação de fake news contra o presidente Jair Bolsonaro. Com baixos índices nas pesquisas, Janones desistiu de concorrer à Presidência no primeiro turno para apoiar o candidato do PT.


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já mandou Janones excluir diversas publicações de suas redes por ele divulgar conteúdos inverídicos. Em uma das postagens, por exemplo, o deputado associou Bolsonaro e o PL com atuação direta para a suspensão da lei do piso salarial nacional para profissionais de enfermagem. Na verdade, a decisão foi uma medida do Supremo Tribunal Federal (STF).


Em outra ocasião, no último dia 7, Janones fez uma live em que afirmava que, caso eleito, Bolsonaro transformaria o senador e ex-presidente Fernando Collor (PTB) em ministro com o objetivo de confiscar aposentadorias e extinguir o Auxílio Brasil.


Em entrevista a um podcast, o presidente negou a afirmação de Janones e disse que o deputado tirou a informação "da cabeça dele".


O aliado de Lula também escreveu em redes sociais que o presidente Bolsonaro “fez um pacto com uma seita maçônica” para vencer a eleição e que teria um acordo para não extraditar o ex-jogador Robinho para a Itália. Segundo a Constituição, nenhum brasileiro nato pode ser extraditado.


Em agosto, antes do início oficial da campanha, Janones também afirmou, em mais de uma ocasião, que o Auxílio Brasil seria extinto em uma eventual vitória de Bolsonaro, o que já foi negado diversas vezes pelo governo federal.


Mais casos


Em outra decisão, o tribunal determinou que a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do PT, e o Twitter suspendessem a divulgação de publicação em que a parlamentar vinculava o presidente a um crime contra a vida — em sua postagem, ela diz que Bolsonaro seria o mandante da morte de um apoiador de Lula por um eleitor do presidente.


Na ocasião, o ministro Paulo de Tarso Sanseverino considerou que a propaganda negativa exibida era capaz de "atingir a honra" de Bolsonaro.


R7.com