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Análise: Combustível só não baixa se governadores não quiserem



Com a polarização política que se instalou no Brasil e tendo boa parte da mídia trabalhando arduamente para implementar o “quanto pior, melhor”, até zerar e reduzir imposto se transformou em algo ruim. Quem diria!



Chega a ser engraçado ver jornalistas e famosos apoiando abertamente o plano de governo de Lula, (que já revelou sua intenção de abolir o teto de gastos e assim possam voltar a fazer farra com dinheiro do contribuinte), mas que agora se mostram “preocupados com o desequilíbrio nas contas públicas” por causa da queda na arrecadação.



Que este país arrecada tributos demais e entrega retorno de menos, qualquer brasileiro sabe. Também não é segredo para ninguém que o Brasil mais parece um manicômio tributário e que precisa de uma reforma urgente. Porém, para boa parte da imprensa – que está focada apenas em ser do contra – qualquer medida positiva do governo federal é inundada por uma enxurrada de críticas.



O resumo da medida proposta por Jair Bolsonaro é que os estados que zerarem o ICMS sobre diesel e gás e que reduzirem a cobrança sobre gasolina e etanol, serão reembolsados pelo governo federal para reequilibrarem as contas dos estados.



Com isso, a imprensa de cemitério já saiu a campo para gritar aos quatro ventos suas análises fúnebres. O problema é que, ao mesmo tempo que dizem que a medida vai matar a economia, afirmam também que a proposta tem fundo “eleitoreiro”.



Ora, se a medida é ruim a ponto de colocar em risco as contas públicas (que, diga-se de passagem, estão dentro da lei de responsabilidade fiscal) como vai ajudar a reeleger quem a criou? Afinal, coveiros, ela é boa ou ruim? Decidam-se!



A verdade é que os combustíveis só não terão redução de preços para o consumidor nos estados em que os governadores não quiserem. Ou que estiverem a fim de fazer birra mesmo...


R7