A Finlândia anunciou neste domingo, 15, que o país pretende aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), abandonando décadas de neutralidade e ignorando as ameaças russas de possível retaliação.
O comunicado foi feito pelo presidente Sauli Niinisto e a primeira-ministra Sanna Marin, durante entrevista coletiva no Palácio Presidencial, em Helsinque. “Este é um dia histórico. Uma nova era começa”, disse Niinisto.
Agora, espera-se que o Parlamento finlandês aprove a decisão nos próximos dias. Contudo, essa aprovação é considerada uma formalidade. Um pedido formal de adesão também será submetido à sede da Otan em Bruxelas, provavelmente na próxima semana.
A medida levaria a aliança militar liderada pelos Estados Unidos até a fronteira de 1,3 mil quilômetros da Finlândia com a Rússia, mas pode levar meses para ser finalizada, já que as legislaturas de todos os 30 membros atuais devem aprovar novos candidatos.
Na quinta-feira 12, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia informou que a possível adesão da Finlândia à Otan marca uma “mudança radical na política externa do país” e alertou para contramedidas de retaliação.
“A adesão à aliança significaria que a Rússia compartilharia uma fronteira com um país formalmente alinhado com os EUA”, disse Sergey Lavrov.
Revista Oeste