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A escrava negra esquecida pela história de Conceição; Por Silvio Darlan



O Dia da Consciência Negra é comemorado no dia 20 de novembro. A data reúne diferentes ações de combate ao racismo e reacende o debate sobre a chegada dos negros ao país, a escravidão no Brasil e o racismo estrutural da sociedade. 



Sendo uma data tão significativa, é importante saber o que é e para que serve o Dia da Consciência Negra. Pensando nisso, trago um registro apagado da memória popular quanto ao período mais covarde, em que a mão de obra negra era utilizada da forma mais cruel e degradante.



Popularmente conhecida somente como Bodota, a ex- escrava pertencente a uma família de Conceição viveu seus últimos dias em nossa terra.



Seu nome de batismo nunca foi encontrado, conversando com pessoas que conheceram a popular figura, liberta através da Lei Áurea, assinada pela Princesa Isabel em maio de 1888 marcou o fim da escravidão, sendo o Brasil o último país independente a findar este sistema. 



Conhecida pelas suas habilidades na cozinha, 'Madrinha Bodota' se destacava ao fazer bolos, tortas e guloseimas em Conceição.



O destino reservou a esta mulher o de quase todos os escravos negros, viver em condição de exclusão, sem instrução e sem emprego formal, data nesta cidade uma santa alma que pelas ruas de Conceição espalhou o doce sabor dos seus bolos em contraste ao amargo dos brancos que lhe tiraram a dignidade da liberdade.


Por Silvio Darlan