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STF gastou R$ 80 milhões com segurança e vigilância

O Supremo Tribunal Federal (STF) gastou R$ 80 milhões com segurança nos últimos quatro anos. O número representa gasto anual médio de R$ 20 milhões, que são divididos em segurança pessoal e vigilância armada. As informações foram divulgadas no último domingo (25) pelo Metrópoles e constam no Portal da Transparência.

Os contratos mais altos em vigência são direcionados à proteção dos 11 ministros e funcionários da Corte.  O contrato de maior valor — R$ 40,3 milhões em 2021 (com aditivos) — é com uma empresa direcionada apenas à proteção dos ministros. A companhia presta serviços como condução de veículos, acompanhamento em eventos ou viagens e segurança direta das residências dos ministros.

O segundo contrato mais custoso aos cofres públicos, no valor R$ 39,8 milhões, é a prestação de serviços de apoio administrativo na área de vigilância patrimonial, ou seja, na sede da Corte. A empresa que embolsa a quantia é responsável pela segurança interna e externa de todos os prédios do órgão.

De acordo com a reportagem, “a contratação de segurança pessoal para os ministros da Corte foi firmada em 14 de novembro de 2017, pelo prazo de 30 meses (2 anos e 6 meses), podendo ser prorrogada pelo mesmo período. Inicialmente, o valor do contrato era de R$ 25,7 milhões, mas, com prorrogação e aditivos, chegou a mais de R$ 40 milhões”.

O assunto foi tema de comentários no Boletim da Manhã desta sexta-feira (30). Neste mês de abril a ministra Rosa Weber, do STF, concedeu liminar a cinco partidos de esquerda e anulou trechos do decreto de Bolsonaro sobre armas.

“Eu convido a senhora Rosa Weber, que foi a mais recente responsável por sustar vários trechos daquele decreto do Bolsonaro que facilitava a compra de armamento pela população, a abrir mão de sua própria segurança armada”, pontuou o analista político Italo Lorenzon.

“Já que a senhora Rosa Weber tem direito a ser protegida por armas além da polícia, por que eu não tenho? A vida dela vale mais do que a minha?  Eu não tenho dinheiro, não tenho R$ 80 milhões para gastar em segurança armada, mas tenho dinheiro para comprar uma pistola e deixar aqui em casa para um caso de necessidade. Por que eu não posso fazer isso?”, questionou.


Por Bruna de Pieri / Terã livre