A solicitação do PSB se refere à operação na favela do Jacarezinho, zona norte da capital fluminense, realizada, na quinta-feira (6) e que deixou 28 mortos, entre eles, um policial civil. A legenda é a mesma que propõe redução de suposta “letalidade policial” e que será debatida no Supremo, a partir do dia 21.
“Creio que a operação não tenha sido realizada em conformidade com a decisão do STF. Por isso mesmo, será necessária uma rigorosa investigação e a correspondente punição dos agentes policiais que cometeram excessos”, alegou Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB.
O Governador do Rio de Janeiro se defendeu das acusações, garantiu que a decisão do STF não foi descumprida e detalhou a rotina de horror pela qual passam os moradores da favela:
“É preciso deixar claro que a operação foi no fiel cumprimento de dezenas de mandados de prisão. Foram dez meses de trabalho de investigação que revelaram a rotina de terror e humilhação que o tráfico impôs aos moradores. Crianças eram aliciadas e cooptadas para o crime. Famílias inteiras eram expulsas de suas casas e mortas”, .
A opinião de Cláudio Castro foi apoiada pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes (Democratas) que, em entrevista à CNN, reclamou da atuação do ministro do Supremo, que proibiu a entrada de policiais nas comunidades.
“Faço, aqui, um apelo ao Supremo Tribunal Federal, ao Poder Judiciário... Se há alguma intervenção a ser feita, não é ‘tirando o bode da sala’. Se alguém cometeu algum equívoco, que se apure e que se puna as forças policiais.... ‘Aqui, não entra mais Estado’. Que é isso??? Que decisão é essa? Desculpa. Não faz sentido!!”, afirmou, fazendo coro ao governador.
Confira o vídeo: