Mas, segundo o governo, integrantes daquele grupo mais vulnerável ao coronavírus terá agora uma maior segurança financeira neste momento bastante complicado. A área técnica do governo explica, também, que essa medida não vai ter impacto orçamentário — uma vez que não se trata de nenhuma despesa nova, apenas uma antecipação de um pagamento que já estava previsto. Essa antecipação, vale lembra, está sendo discutida a tempos. Ela só foi possível agora por conta do fim da negociação em torno do orçamento geral da União. O ministro Paulo Guedes, no entanto, continua sendo pressionado pelos colegas da esplanada a garantir recursos extras para projetos de vários ministérios.
Ontem ele rebateu criticas que estão sendo feitas pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, que tem cobrado mais dinheiro para a pesquisa da vacina. “O ministro acaba de ter R$ 5 bilhões a mais no orçamento dele. Eu falei isso. ‘Você acabou de receber R$ 5 bilhões a mais e está reclamando que está faltando para fazer vacina? Faz menos foguete e faz mais vacina, pô.’ Se tem prioridade, a prioridade é a vacina.” O ministro da Economia participou de uma comissão na Câmara e teve que explicar declarações polêmicas que deu nos últimos tempos.
Guedes tem reclamado do que ele chama de assassinato de reputações e espiral de ódio — e que as declarações dele acabam sendo analisadas fora de contexto.