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‘Fizemos em dois anos o que não foi feito nos últimos dez’, diz Salles ao falar de política de resíduos



Entrevistado pelo programa “Os Pingos Nos Is”, da Jovem Pan, nesta segunda-feira, 17, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, falou sobre o tratamento de resíduos sólidos e o fechamento de lixões no Brasil. Segundo ele, esta foi a primeira vez na qual o número de lixões no país caiu, registrando um decréscimo de 20% em relação ao início do governo de Jair Bolsonaro. “O que a gente fez? Ajudamos municípios a estruturar equipamentos de coleta seletiva, de triagem, as cooperativas de reciclagem e também o destino final. Os aterros são algo necessário, não temos ainda o aproveitamento energético no Brasil para você transformar o lixo em energia, principalmente através da incineração”, afirmou. Segundo ele, uma das soluções para os pequenos municípios, que não têm estrutura financeira para criar aterros, é a criação de consórcios que atendam diversas cidades de uma mesma região, algo incentivado pelo governo.

Os acordos de logística reversa com os setores privados, que têm responsabilidade de recolher parte do lixo que eles produzem, e as ferramentas de gestão de resíduos no país também foram apontados pelo ministro como essenciais para o avanço do controle de resíduos no Brasil. “Esses acordos ficaram parados por dez anos. A política nacional de resíduos sólidos existe há dez anos. Nós fizemos em dois anos o que não foi feito nos últimos dez”, afirmou. Salles citou uma série de esforços feitos pelo governo para melhorar a qualidade do ar no país e apontou que o etanol é um aliado do Brasil na diminuição do consumo de combustíveis fósseis. “Lembrando sempre que o nosso problema ambiental no Brasil decorre, sobretudo, daquilo que foi deixado para trás. A falta de saneamento, a falta de gestão do lixo, e graças ao setor privado, graças ao agro brasileiro, temos o etanol que melhorou a qualidade do ar”, disse.

Para o ministro, boa parte dos discursos contra o Brasil partem da própria imprensa brasileira, que teria integrantes fabricando “falsas narrativas” contra o governo federal. “Isso não quer dizer que não tenhamos problemas, mas os problemas estão muito longe de serem aquilo que vem sendo reproduzido lá fora. A gente tenta corrigir a narrativa, mudar os fatos, mas é impressionante a militância disfarçada de jornalismo”, afirmou. Salles citou eventos como a participação da Cúpula do Clima como uma das formas do Brasil de tentar reverter a imagem contra o governo que teria sido fabricada e disse que o discurso de Bolsonaro na cúpula sediada pelos EUA foi elogiado pelo presidente democrata Joe Biden. “A gente está fazendo o nosso trabalho, o problema é que tem muita gente do contra, que quer ver o quanto pior, melhor para eles, e que trabalha diuturnamente contra a imagem do Brasil aqui dentro e lá fora.”

Salles também comemorou a aprovação do Marco Legal do Saneamento durante o governo Bolsonaro e o apontou como uma possibilidade de atrair investimento privado para resolver o problema do saneamento básico persistente no país, que, segundo ele, demandaria R$ 700 bilhões, valor impossível de ser investido apenas por dinheiro público. “É uma vergonha, esse pessoal que se diz ambientalista sentado na cadeira de ministro do meio ambiente por 20 anos, não cuidaram do saneamento, não cuidaram do lixo. Basta dizer que o Acre, que é o Estado da Marina Silva, tem o segundo pior índice de saneamento no Brasil”, disse.


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