“Apesar da decisão da segunda turma do STF, tenho absoluta tranquilidade em relação aos acertos das minhas decisões, todas fundamentadas, nos processos judiciais, inclusive quanto aqueles que tinham como acusado o ex-Presidente”, afirma Moro.
“A sentença condenatória contra o ex-presidente foi confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região e pelo Superior Tribunal de Justiça que, igualmente, rejeitaram as alegações de falta de imparcialidade. O ex-presidente só teve a prisão ordenada pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, em 2018, após ter habeas corpus denegado pelo plenário do Supremo Tribunal Federal”, acrescenta.
O ex-juiz da Lava Jato argumenta que todos os acusados foram tratados nos processos e julgamentos com o “devido respeito, com imparcialidade e sem qualquer animosidade da minha parte”. Em sua visão, o país "não pode retroceder e destruir o passado recente de combate à corrupção e à impunidade e pelo qual foi elogiado internacionalmente".
Moro foi considerado parcial pela Segunda Turma do STF ao condenar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no caso do tríplex do Guarujá. A ação foi movida pela defesa do petista, que aponta que Moro agiu de forma parcial. Na ocasião, Moro condenou o ex-presidente a uma pena de 9 anos e 6 meses de reclusão em regime fechado. O petista ficou preso por 580 dias na Superintendência da Polícia Federal na capital paranaense.
Plínio Aguiar, do R7