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A pergunta que não cala: O Pix é realmente seguro?

O Pix, novo meio de pagamentos do Banco Central começa a funcionar em novembro, mas algumas características do novo sistema ainda geram dúvidas sobre o funcionamento e a segurança do Pix.

Afinal, seus dados estão protegidos? E se alguém tentar cadastrar suas informações?

O ponto mais importante é que o Pix é apenas um meio de pagamento – como TED ou DOC – que será oferecido nos apps dos bancos. Na prática, clientes de instituições financeiras podem continuar fazendo transferências normalmente, como sempre fizeram. Com o Pix, há apenas três grandes diferenças:

  • O dinheiro cai na hora: as transações são instantâneas e funcionam todos os dias, incluindo finais de semana e feriados.
  • Nenhuma instituição pode cobrar pelo Pix para pessoas físicas (ele é gratuito, diferentemente do TED e DOC, que costumam ser cobrados).
  • Quem quiser, pode cadastrar as chaves Pix em suas contas. As chaves são apelidos que facilitam na hora de transferir o dinheiro. Se você cadastrar seu CPF como chave do Pix, por exemplo, não precisa passar seus dados bancários completos para quem vai te pagar: apenas com o CPF, a pessoa já consegue fazer o pagamento.

Veja, abaixo, as dúvidas de segurança mais comuns sobre essas novidades do Pix.

Se o dinheiro cai na hora, a transação via Pix é segura?

Sim. Fazer um Pix é tão seguro quanto um TED ou DOC. O Pix também possui camadas de autenticação e criptografia, além das camadas de segurança dos próprios apps dos bancos (como senha e biometria).

E a chave do Pix? É segura?

Sim. A Chave é apenas um apelido que você dá para a sua conta. Ela não substitui a senha ou a biometria do seu banco. Com ou sem chaves cadastradas, você ainda precisa usar todas as camadas de segurança do app ou site da sua instituição financeira para finalizar uma transferência. A única diferença é que, ao invés de passar todos os dados bancários para receber dinheiro, você pode passar apenas um dado: a chave Pix. Ela pode ser seu CPF, CNPJ, e-mail, telefone ou chave aleatória (uma sequência gerada pelo sistema da sua instituição).

Na prática, se você cadastrar seu CPF como chave do Pix, por exemplo, isso significa que seu CPF está atrelado à uma conta específica em uma instituição. A pessoa que vai te passar dinheiro precisa apenas inserir o CPF no campo “destinatário” – não precisa colocar todos os dados da conta porque você, ao fazer o cadastro, já atrelou sua chave (no caso, o CPF) àquela conta específica.

Mas não se preocupe: antes de confirmar, o sistema mostra o nome e parte do número do CPF do destinatário para você confirmar que está fazendo a transferência para a pessoa certa.

Como posso conferir os dados da transferência usando a chave Pix?

Para começar, usar as chaves é opcional, mas elas diminuem as chances de erros. Ao invés de digitar uma série de informações, a pessoa precisa apenas digitar um único dado. E como conferir se ele está certo? O sistema irá te mostrar o nome e parte do CPF (ou CNPJ) da conta destino, para que você consiga checar que está tudo certo antes de confirmar.

Por exemplo: você vai transferir para seu amigo e ele te deu apenas um e-mail para que você faça o pagamento via Pix. No app do seu banco, você precisará apenas digitar o e-mail dele no campo de destino. Antes de finalizar a operação, você verá o nome do destinatário e parte do CPF da pessoa. Assim, consegue confirmar se está tudo certo.

E se alguém tentar cadastrar minha chave em outro banco?

Uma chave só pode ser cadastrada em uma única conta. Se você cadastrar o seu e-mail na conta A, por exemplo, será preciso validar um código enviado a ele para confirmar que você é mesmo dono daquele endereço. Se alguém tentar cadastrar o mesmo e-mail como chave em outra conta (seja por engano ou má fé), você receberá um alerta. O mesmo vale para CPF, telefone, etc…

Com informações da nubank

Por Humberto Júnior

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha programática e ideológica do portal