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Valor sobe para R$ 8,5 milhões apreendido em ação contra Edmar Santos, ex-secretário do governo de Witzel

Subiu para R$ 8,5 milhões o volume de dinheiro apreendido na operação do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) que prendeu o ex-secretário Estadual de Saúde Edmar Santos do governo de Witzel, na sexta-feira (10).
O Gaecc (Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção) encontrou cerca de R$ 7 milhões em reais e o restante em moedas estrangeiras, como dólares americanos, euros e libras esterlinas.

Os investigadores disseram ter usado uma máquina de contagem de cédulas do Banco do Brasil para contabilizar o montante, o que terminou somente de madrugada. O dinheiro será depositado em uma conta da Justiça.

Sem divulgar nomes, o MP-RJ confirmou ainda que a fortuna foi entregue espontaneamente por um dos investigados na presença do advogado. 

Investigação

Edmar Santos está preso preventivamente por suspeitas de corrupção nas verbas direcionadas ao combate da pandemia do novo coronavírus no Estado, especialmente na compra de insumos e medicamentos e na montagem dos hospitais de campanha.

Dois endereços do ex-secretário do governo Witzel foram alvo de mandados de busca e apreensão - em Itaipava, na Região Serrana, e em Botafogo, na zona sul do Rio - nesta fase da Operação Mercadores do Caos.

Entre os motivos que levaram à Justiça decretar a prisão preventiva do ex-secretário está a possibilidade de interferência na colheita de provas devido ao "poder político" de Edmar Santos.

Durante as investigações, os promotores tiveram acessos a áudios em que Santos sugeriu ao ex-subsecretário Gabriell Neves, que também está preso, a criação de uma "lista secreta" para mapeamento de endereços de fornecedores, o que reforça indícios de corrupção na área da Saúde.

Edmar Santos, que é tenente-coronel da Polícia Militar, foi levado à unidade prisional da corporação em Niterói, na Região Metropolitana.

De acordo com o porta-voz da PM, coronel Mauro Fliess, Santos pode responder pela conduta em um procedimento interno, com risco de ser expulso da instituição.

A defesa do ex-secretário ainda não se manifestou sobre o caso.



R7