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Senado não irá ouvir testemunhas no impeachment de Trump

O Senado dos Estados Unidos, controlado pelos republicanos, decidiu nesta sexta-feira (31) não convocar novas testemunhas para o julgamento do impeachment do presidente do país, Donald Trump, o que abre caminho para o encerramento antecipado do processo.

Com 51 votos contrários e 49 favoráveis, a maioria republicana bloqueou a proposta dos democratas, que queriam ouvir, entre outras testemunhas, o ex-assessor de Segurança Nacional John Bolton.


Depois da votação, o Senado entrou em um breve recesso, deixando no ar a dúvida de quando os republicanos começarão as deliberações sobre a absolvição ou não de Trump das duas acusações apresentadas pela Câmara dos Representantes.

"A maioria do Senado dos EUA decidiu que os numerosos depoimentos apresentados e as mais de 28 mil páginas de documentos incluídos como evidência são suficientes para julgar as ações (de Trump) e encerrar este impeachment", afirmou o líder dos republicanos, Mitch McConnell.

Derrota e nova votação

Os democratas precisavam de quatro votos dos republicanos para conseguir incluir novos depoimentos e convocar Bolton a depor no processo. No entanto, as esperanças da oposição começaram a se esvair ontem, quando uma das apostas do partido, o senador Lamar Alexander, disse que já havia elementos suficientes para julgar e considerar que Trump não deve ser afastado do cargo.

Agora, os senadores vão se reunir para determinar como será a fase final do impeachment. Os republicanos querem uma votação rápida, sem grande deliberação, para inocentar Trump.

Já os democratas precisam fazer um cálculo político para avaliar é válido protelar o processo considerando que as primárias do partido para a Casa Branca começam na próxima segunda-feira, em Iowa. Quatro dos pré-candidatos são senadores: Bernie Sanders, Elizabeth Warren, Amy Klobuchar e Michael Bennet.

Ainda que os senadores ainda não tenham definido como será a reta final do caso de Trump, o processo já é bastante diferente do aberto contra o ex-presidente Bill Clinton, em 1999.

Na ocasião, o Senado convocou testemunhas e deliberou por três dias antes de absolvê-lo das acusações.


Da EFE