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Sobe para 14 o número de feridos por agulhas no São João de CG; Possivelmente pode existir o risco de contaminação do HIV

O Hospital de Trauma de Campina Grande, entre a sexta-feira (8) e esta terça-feira (12), recebeu 14 pessoas  relatando que foram feridas com agulhadas dentro do Parque do Povo, durante o São João 2018 de Campina Grande. De acordo com a infectologista Priscila de Sá, as vítimas contaram que sentiram as furadas e, logo depois, foram ao hospital em busca de ajuda.

Até o início da manhã dessa segunda-feira, o Hospital de Trauma já havia registrado cinco casos. Outras duas pessoas que viram os casos sendo relatados na imprensa também procuraram atendimento durante a tarde.
Na noite desta segunda-feira mais sete pessoas homens procuraram o hospital relatando o mesmo caso. Ao todo são 14 pessoas.

De acordo com o capitão da Polícia Militar, Jhonata Yassaki, as denúncias estão sendo apuradas. Ele destacou que as ocorrências não foram notificadas na Polícia Militar, pois as vítimas foram em busca de atendimento médico imediato. Desde as primeiras horas da manhã desta segunda-feira, as imagens das câmeras de segurança do Parque do Povo estão sendo analisadas. A Polícia Militar também destacou que a biometria facial anunciada pela empresa organizadora não está sendo feita.

Já a empresa Aliança, que faz a organização do evento, divulgou uma nota na tarde desta segunda-feira, informando que estava trabalhando em conjunto com a Polícia Militar para investigar os casos. A nota ainda diz que nos postos de atendimento do Parque do Povo, apenas uma ocorrência foi registrada.

A médica do Hospital de Trauma informou que, após o atendimento, a equipe de saúde confirmou que havia marcas de agulhadas no corpo das vítimas, mas que ainda não há como saber se as seringas estavam com alguma contaminação ou não.

O procedimento feito no hospital, segundo Priscila de Sá, foi registrar um protocolo de acidente por agulha possivelmente contaminada e fornecer aos pacientes a medicação necessária para evitar infecção pelo vírus HIV.

Além disso, as vítimas também foram encaminhados para o setor responsável pela medicação contra infecção do vírus hepatite B.



Da Redação com G1