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Incêndio no Pico do Jabre continua após oito dias; fogo é criminoso, com uso de coquetel molotov

Mesmo após oito dias de combate, o incêndio que atinge a área do Pico do Jabre, que fica no município de Maturéia, no Sertão paraibano, a 327 km de João Pessoa, continua queimando a vegetação. 

O fogo, que está controlado, iniciou em outros pontos do local. O caso foi confirmado extraoficialmente como incêndio criminoso e provocado por homens armados com coquetel molotov, feito com garrafas, panos e combustível. O caso vai ser investigado pela polícia.

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De acordo como tenente-coronel Saulo Laurentino, comandante do Corpo de Bombeiros em Patos, nos primeiros dias de incêndio os bombeiros já suspeitavam de ação criminosa, já que o fogo era muito intenso e estava espalhado por áreas distantes, sem conexão.


Na terça-feira (20), durante combate noturno ao fogo, os bombeiros conseguiram localizar garrafas de vidro e de plástico, contendo panos e combustível. A suspeita de incêndio criminoso ficou mais forte após relato de testemunhas, que viram homens em motos minutos antes de novos focos de incêndio começarem.

“O laudo oficial deve sair em uma semana, mas já temos provas concretas de ação humana, incêndio criminoso. Na terça, fizemos combate noturno, o que não é costumeiro, mas foi necessário. Nesse dia tentamos apagar um foco de incêndio muito forte e acabamos encontrando garrafas, panos e combustível perto do fogo. Além disso, uma testemunha avisou que homens em motos estavam subindo a serra e ateando fogo em áreas de mata”, afirmou o comandante.

Ainda segundo o comandante, mesmo antes da apreensão do material inflamável, os bombeiros já haviam sentido cheiro de querosene nos locais de combate ao fogo. 
Nesta sexta-feira (23), o combate ao fogo ainda vai ser realizado na área do Pico do Jabre, com expectativa de término da operação. 

Além disso, as polícias Militar e Civil da região já foram oficializadas pelo Corpo de Bombeiro de Patos para reforçar a segurança no local, evitando novas ações dos bandidos, e para iniciar investigação e tentar identificar os responsáveis pelo crime.



Por Halan Azevedo