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RC se sente traído por governo Dilma que suspendeu aval de empréstimo. LEIA!

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Foto: José Cruz/ Agência Brasil
O governador Ricardo Coutinho (PSB) foi pego de surpresa com a suspensão feita pelo governo federal do aval para empréstimos internacionais para estados e municípios treze dias depois ele e os demais governadores do país terem se reunido com a presidente Dilma Rousseff (PT), no Palácio da Alvorada, em Brasília. 

No encontro, que aconteceu no dia 30 de julho, a presidente quis firmar um pacto de governabilidade, mas a decisão vai na contramão de uma das principais reivindicações dos gestores.

Segundo matéria publicada no O Globo, o governador Ricardo Coutinho que apoiou a reeleição de Dilma, contrariando seu partido, afirmou que a “quebra de posição” por parte da presidente não contribui para o ambiente político. “Fiquei surpreso com a quebra de posição, que não contribui para as boas relações. Se não se cumpre aquilo que se acerta, a estabilidade política fica claudicando” disse Coutinho ao jornal.

O Estado pleiteia US$ 250 milhões, cerca de R$ 860 milhões, de empréstimo com a Corporação de Andina de Fomento e Desenvolvimento da América Latina (CAF). Os recursos de acordo com o secretário de Infraestrutura, Recursos Hídricos, Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia, João Azevedo, seria destinados à nova etapa do programa 'Caminhos da Paraíba', que pavimenta e recupera de novas rodovias no estado. 

Ainda segunda matéria do O Globo, o Tesouro Nacional solicitou à Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex), vinculada ao Ministério do Planejamento, que retire de pauta a análise de todos os pedidos de empréstimos feitos pelos governos estaduais e municipais. O Palácio do Planalto não entrou em contato com os governadores afetados para dar explicações nem tentar minimizar a insatisfação.

O governador Ricardo Coutinho disse ao jornal que, além da sinalização recebida na reunião com Dilma, ele disse ter falado com o ministro da Fazenda dois dias antes da reunião da Cofiex, no último dia 12, e foi informado que não haveria nem pedido de vista para não atrasar o processo.

Em nota, o Tesouro informou que as operações de crédito para estados e municípios cresceram fortemente nos últimos anos, e que é preciso rever essa situação, pois houve deterioração do quadro macroeconômico. Entre 2011 e 2014, por exemplo, os financiamentos externos para estados somaram R$ 44 bilhões. Já os empréstimos no mercado doméstico chegaram a R$ 67,5 bilhões. O Tesouro ressalta que os pedidos podem voltar a ser analisados no futuro.


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