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Estádio abandonado vira moradia para famílias carentes no Sertão da Paraíba. LEIA!

Estádio abriga famílias de sem teto há mais de 2 anos. Banheiros e vestiário servem de moradia.
Local sem infraestrutura abriga crianças e idososNum ano de Copa do Mundo e de transformação de estádios em monumentos, um desses palcos esportivos, bem mais acanhados, localizado na cidade de São José de Piranhas (no Sertão do estado, a 530 quilômetros de João Pessoa), está abandonado há dois anos e foi transformado em moradia para, pelo menos, oito famílias carentes.

As instalações precárias e em risco de desabamento não assustam cerca de 30 pessoas, entre elas crianças e gestantes, que por não ter outro lugar para morar, vivem em condições de miséria e desamparo, usando os banheiros e vestiários como dormitórios.
Estádio abriga famílias de sem teto há mais de 2 anosNesta época das chuvas, os problemas no abrigo improvisado se agravam. As famílias não conseguem dormir nas noites chuvosas por conta das infiltrações e inundações que agravam o risco de doenças. As instalações hidráulicas e elétricas estão com problemas e o fornecimento foi cortado devido à falta de pagamento.
Os ocupantes do estádio abandonado dizem que estão ali por não ter condições de pagar aluguel. "Nós temos só o dinheiro do Bolsa Família que é muito pouco para comprar comida durante o mês todo para sete pessoas, por isso precisamos ainda pedir ajuda às pessoas para poder comprar alimentos", contou uma das moradoras.
Banheiros e vestuário servem de moradia
O estádio foi construído há cerca de 20 anos e foi abandonado depois de apresentar problemas estruturais como infiltrações no teto e rachadura nas paredes. Devido aos problemas apresentados pouco tempo depois de ser construído, o estádio não chegou a ser inaugurado. As famílias estão ocupando a arena há mais de dois anos e reclamam da falta de ajuda dos governantes.
Os moradores das proximidades reclamam também da falta de segurança existente e denunciam que à noite o estádio se transforma em local de consumo de drogas e prática de sexo.


Créditos: Reprodução/ Diário do Sertão
Por Luciana Rodrigues