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Procurador alerta sobre fake news e gastos com impulsionamento de campanhas na internet

Fake news e impulsionamento de propaganda eleitoral na internet são a bola da vez nas eleições deste ano. 

A possibilidade dos políticos impulsionarem suas campanhas nas redes sociais vem trazendo preocupação para o Ministério Público Eleitoral. 

Além de novidade que vai trazer desafios, a preocupação maior é com o risco de abuso de poder econômico. O procurador regional eleitoral da Paraíba, Victor Veggi, também destacou as desigualdades na campanha eleitoral. 

"Existe, sim, essa preocupação com o fator econômico, campanhas com mais recursos, certamente, vão se utilizar de forma melhor desse recurso, do que aquelas candidaturas sem muito recurso financeiro disponível", avaliou. 

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A mudança que permitiu o impulsionamento de conteúdos na internet decorreu de alteração na lei 9.504/97, no ano passado. 

O procurador lembrou que continua proibida a propaganda paga na internet, e que a exceção é para o impulsionamento de conteúdos. Ele alertou, no entanto, que esse impulsionamento é possível, desde que seja identificado autor, partidos, candidatos que vão fazer uso da ferramenta, e desde que contratado diretamente com os provedores de aplicação, como Facebook, Google etc. 

ictor Veggi também chamou a atenção para a necessidade da prestação de contas pelos candidatos, pois o gasto realizado à revelia das normas legais, será apurado. 

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O procurador Victor Veggi também disse que o Ministério Público Eleitoral vai enfrentar o uso de fake news nas eleições deste ano, e dá detalhes de como o MPE vê a questão, bem como punições. Assista ao vídeo.

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"Até porque fake news na verdade sempre existiram. Hoje, essas informações mentirosas, inverídicas estão mais frequentes por causa do acesso às redes sociais, então potencializa esse fenômeno", disse, lembrando que em torno de 60% da população tem acesso a redes sociais.



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