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Janeiro Roxo: Paraíba registrou 425 casos de Hanseníase no ano de 2017

O ‘Janeiro Roxo’  destaca um doença silenciosa que necessita de mais atenção: a hanseníase. Na Paraíba, foram 425 diagnósticos em 2017.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES) a capital paraibana foi a cidade com mais casos registrados no ano passado, com 66 casos. Em segundo lugar, Campina Grande registrou 44.

A hanseníase é uma doença infecciosa causada por uma bactéria. Tem cura, mas é preciso ser tratada para não deixar seqüelas.
De acordo com a coordenadora da área técnica de Tuberculose e Hanseníase da rede pública de Saúde de João Pessoa, Eveline Vilar, mancha na pele com pouca ou nenhuma sensibilidade pode ser um forte indício da doença.

Segundo Eveline, essa característica é o suficiente para que a pessoa procure um posto de atendimento. O tratamento pode ser feito de forma gratuita nos hospitais conveniados com o SUS. Em João Pessoa, o Complexo de Doenças Infecto Contagiosas Clementino Fraga é um dos centros que presta o atendimento para pacientes com hanseníase.

A doença se apresenta de duas maneiras.   “A multibacilar é a forma transmissível. Já hanseníase paucibacilar não é contagiosa”, conta Eveline. A coordenadora explica que até a forma multibacilar só é transmissível quando a pessoa não faz tratamento.

Quando diagnosticado, a principal forma de abordagem para cura é através das cartelas de comprimido. O tratamento varia de 9 meses a um ano, dependendo do tipo da hanseníase.

Comparado ao ano de 2016, a doença teve uma leve redução de casos registrados no Estado. Foram menos 8,2%, trinta e oito casos a menos. Em 2016 o percentual de cura foi de 76%.

Janeiro Roxo

Janeiro, a hanseníase recebe destaque.  A conscientização reforça o diagnóstico, mas ajuda principalmente a combater a falta de conhecimento que ainda existe. De acordo com Eveline, o preconceito e tabu ainda são uma realidade.

“Com a campanha em janeiro a gente informa a população, desmistifica a doença e orienta em relação aos sinais e sintomas”, explica.



Por Caroline Queiroz