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Enquanto comunidade faz ‘vaquinha’ para realizar festa do município, prefeito comemora em hotel de luxo com mesa farta e uísques caros

Após o anúncio oficial do cancelamento das festividades do município de São João do Rio do Peixe, Sertão da Paraíba, inclusive o desfile cívico, feito através de nota, os artistas da terra, os comerciantes, através da Câmara de Dirigentes Logistas e os filhos que moram fora resolveram realizar a festa pública nesse domingo (8), para comemorar a emancipação política da cidade.

A informação foi confirmada a redação do Diário do Sertão nessa segunda-feira (9), pela presidente da CDL, Edileuza Sousa, onde justificou que a “prefeitura está com dificuldade financeira e para não passar em branco o Dia da Cidade”, a comunidade se reuniu para realizar uma festa modesta, porém, com muita alegria e paz.


Ela explicou que contou com a grande ajuda de Edjanete Dantas e a animação do evento ficou por conta de Sarah Lorena (Família Freitas), ex-The-Voice, Forró Concentrado e DJ Hallen, que não cobraram cachês.

Contramão

Enquanto a comunidade se reuniu para não faltar a festa aos munícipes, o prefeito da cidade Airton Pires (PP), aproveitou o Dia da Cidade para comemorar com um pequeno grupo de auxiliares e correligionários no Hotel Brejo das Freiras. O esforço da população para não deixar a tradição morrer foi ignorada pelo prefeito, que comemorou a data com mesa farta e uísques caros, essa foi a opinião do vereador socialista Rivelino Ribeiro (Riva).

O vereador assegurou que é totalmente a favor do pagamento em dia do funcionalismo público, o que teria sido alegado pela gestão municipal para não realizar a festa, porém tachou de desinteresse de Airton Pires em acabar coma tradição das festividades do município, pois até o mês de agosto deste ano, São João do Rio do Peixe recebeu 22 milhões de FPM.

Riva criticou a administração municipal e citou que gastos com aluguéis e pessoal contratado poderia ter sido uma boa economia para a realização dos eventos culturais e tradicionais da cidade. “Na minha comunidade [rural] tem um prédio que em dezembro era alugado por R$ 740 e em janeiro passou para R$ 1500. Um aumento absurdamente exagerado”, disse o vereador.



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