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Cássio chama reforma política sancionada por Temer de pífia e ridícula

O senador Cássio Cunha Lima (PSDB) considerou pífia e ridícula a reforma política sancionada pelo presidente da República, Michel Temer (PMDB), na última sexta-feira (6), na qual estabelece algumas novas regras, que irão prevalecer nas eleições de 2018 e outras em 2020.

Em entrevista concedida à imprensa durante o Encontro Regional do PSDB Mulher, em João Pessoa, o senador disse que a reforma só contou com dois aspectos positivos: o fim das coligações e a cláusula de barreira.


Para Cássio, a cláusula de desempenho é um único caminho que se tem para reduzir o número absurdo de partidos políticos que recebem dinheiro público e que possuem tempo de televisão. Isto era preciso ser modificado no Brasil porque o sistema político eleitoral é a porta de entrada para toda a corrupção que o país vive e ficou estarrecido com as descobertas pós Operação Lava Jato.

“O resto não contou com o meu voto. Eu votei contra a imoralidade da criação do Fundo de Financiamento Público de campanha num país tão pobre e com tantas dificuldades como o nosso. Eu votei contra a reforma política que traz vários equívocos. Então, não existiu reforma, mas sim um arremedo que tem como pontos positivos somente esses dois aspectos, que irão valer para as eleições de 2020. O resto é uma frustração completa”, destacou.

Conforme o senador, foi cometido um total desrespeito à população em relação à criação do Fundo de Financiamento Público de Campanha. Em vez de ter sido debatido e discutido o barateamento das campanhas, foi feito o inverso.

“Um absurdo. Na Paraíba um deputado federal terá um gasto de R$ 2,5 milhões por campanha; um senador, R$ 3 milhões. E não é que isso é pouco para uma campanha, pelo contrário, o que está muito exagerado é o custo dessas campanhas quando o Brasil inteiro clama, exige, discute a redução desses gastos de campanha”, avaliou.

Para o senador, é preciso que com isso, a sociedade acompanhe cada vez mais as ações de seus políticos e em quem vota. Para ele, é preciso uma fiscalização mais efetiva da população para que fique por dentro do posicionamento de cada um dos seus representantes no Congresso Nacional.



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