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“Cássio relutou em receber por Caixa 2, mas não havia outro jeito”, diz delator

Após revelar encontros com Ricardo Coutinho, em que tratativas sobre atuação da Odebrecht na Paraíba não foram adiante, o ex-diretor superintendente da Odebrecht Ambiental, Alexandre Barradas, descreveu, durante delação premiada nesta sexta-feira (14), os encontros que teve com o senador Cássio Cunha Lima.

 Segundo Barradas, Cássio foi um dos poucos que relutou em receber os recursos de campanha para as eleições de 2014 por meio de Caixa 2. “Conversei com o senador e ele me disse que estava rompido com o governador e que iria partir com a candidatura, ele tinha problema de recursos, e me pediu ajuda”, disse.

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 “Falei para ele que teria que ser Caixa 2, ele ficou inseguro, talvez foi o único, mas ele precisava dos recursos e não tinha outra forma de fazer, então ele designou uma pessoa, salvo engano nome Luiz, que recebeu os recursos em Brasília”, revelou Barradas.

 Em outro trecho da delação, ele reitera a posição do senador, que segundo ele ‘relutou’, e foi convencido, segundo Barradas, após ser dito pelo executivo da Odebrecht que não haveria outra forma de se fazer o repasse.

 O delator ainda revela que a empresa tinha confiança na eleição de Cássio. Segundo ele, a Odebrecht monitorava pesquisas do Ibope e a mídia paraibana sobre o percurso da campanha, e se surpreendeu com a derrota do Tucano.

 “Cássio estava disparado na frente, apostamos nisso, foi impressionante como ele perdeu. Fernando [Reis] me autorizou a liberar para ele R$ 800 mil para a sua campanha e esperamos a vitória dele”, declarou.




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