A polpa do dente de leite possui células-tronco que podem melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Mas os dentes permanentes também também têm sua utilidade. “Aqui no laboratório usamos para pesquisas os dois tipos de dentes. O problema com os dentes permanentes é que, algumas vezes, no decorrer de sua vida, eles passaram por lesões ou inflamações e, quando isso acontece, a qualidade de suas células já não é mais tão boa”, diz a especialista.
Márcia explica que a pressa e a urgência para armazenar o dente da forma certa ocorre porque os pesquisadores precisam das células vivas. “Quando o dente está na boca, ele possui um tecido vivo que estava sendo mantido por causa da circulação de sangue. Uma vez que ele cai, essa circulação cessa e ele tende a morrer. Por isso é tão necessário que esse armazenamento seja feito da maneira correta e rápido para que se mantenha vivo esse tecido até que a gente consiga congelá-lo ou utilizá-lo”, diz a especialista.
Se essa extração não puder ser feita no consultório, Márcia recomenda que, assim que o dente cair, os pais o armazene em um pote com soro fisiológico, saliva ou leite e corra para o consultório. “É fundamental que o dente permaneça o tempo todo umedecido”, diz Márcia.
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