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Viúva de Campos defende que Marina seja candidata. LEIA!

Principal herdeira do espólio político de Eduardo Campos, sua mulher Renata quer, segundo amigos e aliados, ver Marina Silva representando a família na cédula eleitoral como cabeça de chapa.
O único irmão de Eduardo, Antônio Campos, foi o primeiro integrante da família a se pronunciar publicamente a favor de Marina.
“Tenho convicção de que essa seria a vontade de Eduardo”, disse em nota divulgada nesta quinta-feira (14), um dia após a morte do presidenciável do PSB em acidente aéreo.
Além da família, dirigentes de todos os outros cinco partidos da coligação comandada pelo PSB disseram à Folha defender a indicação da ex-senadora, vice na chapa de Campos após ter anunciado em outubro de 2013 a adesão ao projeto presidencial do então governador de Pernambuco.
No PSB, o nome de Marina ainda enfrenta resistências. A Folha apurou que a decisão sobre quem substituirá o nome de Campos passará pela benção de Renata Campos ou “dona Renata”, como o marido a chamava.
Desde que recebeu a notícia da morte do marido, Renata não fala de futuro eleitoral, apenas pratica o luto ao lado da família e da romaria de pessoas que foram à sua casa, no bairro recifense de Dois Irmãos. 
Renata, porém, não quer vê o trabalho de Dudu, como o chamava, perdido.
Referência emocional do marido, que a agradecia publicamente pelo apoio, ela exercia papel maior que o de mulher do governante. Tinha influência e palpitava em todas as definições tomadas pelo homem por quem se apaixonou desde a adolescência.
Eduardo Campos reverenciava a mulher. Certa vez, diante de um pedido de entrevista com a potencial primeira-dama, respondeu: “Ela é um p... quadro, não uma peça auxiliar. Entende de política e tem muita sensibilidade. Assim como o marido, a figura de Renata é reverenciada no PSB justamente por seu papel ao lado de Campos.
Mas ninguém aposta, por exemplo, na possibilidade de uma candidatura, na vaga de vice por exemplo, embora seja unânime em Pernambuco a avaliação de que Renata teria força eleitoral.
Amigos e políticos íntimos que visitaram a família desde a notícia do acidente afirmam que a escolha de Marina como titular do partido seria chancelada por Campos. A união do PSB em torno de Marina será um desafio, já que a aliança dos dois estava mai cristalizada entre eles do que entre outros dirigentes. 
 
Da Redação com Folha de São Paulo