Principal herdeira do espólio político de Eduardo Campos, sua mulher Renata quer, segundo amigos e aliados, ver Marina Silva representando a família na cédula eleitoral como cabeça de chapa.
O único irmão de Eduardo, Antônio Campos, foi o primeiro integrante da família a se pronunciar publicamente a favor de Marina.
“Tenho convicção de que essa seria a vontade de Eduardo”, disse em nota divulgada nesta quinta-feira (14), um dia após a morte do presidenciável do PSB em acidente aéreo.
No PSB, o nome de Marina ainda enfrenta resistências. A Folha apurou que a decisão sobre quem substituirá o nome de Campos passará pela benção de Renata Campos ou “dona Renata”, como o marido a chamava.
Renata, porém, não quer vê o trabalho de Dudu, como o chamava, perdido.
Referência emocional do marido, que a agradecia publicamente pelo apoio, ela exercia papel maior que o de mulher do governante. Tinha influência e palpitava em todas as definições tomadas pelo homem por quem se apaixonou desde a adolescência.
Mas ninguém aposta, por exemplo, na possibilidade de uma candidatura, na vaga de vice por exemplo, embora seja unânime em Pernambuco a avaliação de que Renata teria força eleitoral.
Amigos e políticos íntimos que visitaram a família desde a notícia do acidente afirmam que a escolha de Marina como titular do partido seria chancelada por Campos. A união do PSB em torno de Marina será um desafio, já que a aliança dos dois estava mai cristalizada entre eles do que entre outros dirigentes.
Da Redação com Folha de São Paulo