Plantão

Argentina joga bola e humilha Brasil, em Buenos Aires



A Argentina humilhou o Brasil e venceu por 4 a 1 hoje, no Estádio Monumental de Nuñez, pela 14ª rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026.


Os gols da Argentina foram marcados por Julián Álvarez, Enzo Fernández e Mac Allister, todos no primeiro tempo, e com Simeone na etapa final. Matheus Cunha fez o de honra ainda etapa inicial. Os torcedores locais gritaram "olé" logo aos 15 minutos.


No pré-jogo, Raphinha prometeu "porrada neles" em entrevista a Romário, mas a Argentina venceu na bola. O Brasil deixa Buenos Aires humilhado pelo maior rival.


A derrota aumenta a pressão sobre Dorival Júnior. O presidente Ednaldo Rodrigues banca o treinador em entrevistas, mas nos bastidores a CBF entende que o trabalho não tem evoluído de forma satisfatória e pode haver mudança no comando.


A Argentina foi muito superior no meio-campo e dominou o Brasil. O time de Scaloni teve superioridade numérica com Enzo, De Paul, Mac Allister e Paredes e jogou com facilidade.


Para piorar a situação do Brasil, a Argentina contou com erros individuais da seleção. O amarelado Murillo teve atuação ruim e saiu no intervalo, algo raro para um zagueiro. Guilherme Arana também comprometeu, enquanto ninguém do ataque correspondeu.


A Argentina comprova a freguesia recente sobre o Brasil. São seis jogos sem perder. A última vitória brasileira foi em 2018, por 1 a 0 em amistoso.


A Argentina entrou em campo já garantida na próxima Copa do Mundo com quatro rodadas de antecedência. Os atuais campeões estão disparados na liderança das Eliminatórias e contaram com o empate da Bolívia contra o Uruguai para se assegurar no Mundial.


A próxima data Fifa ocorrerá apenas em junho. O Brasil enfrentará Equador (fora) e Paraguai (casa). A Argentina tem Chile (fora) e Colômbia (casa) pela frente.


Passeio da Argentina


O meio-campo argentino dominou o Brasil no primeiro tempo. Com quatro volantes, os donos da casa atuaram com facilidade.


A Argentina marcou logo aos 3 minutos, com Julian Álvarez. Ele passou entre Murilo e Arana para tocar na saída do Bento.


Aos 12, os hermanos ampliaram. Molina cruzou, a bola passou por todo mundo, desviou em Murillo e caiu no pé de Enzo, que só conferiu. A torcida no Monumental gritou olé antes dos 15 minutos.


O Brasil esboçou uma reação no minuto 26, quando Romero cochilou, Matheus Cunha roubou e tocou na saída de Dibu Martínez.


A Argentina, porém, retomou as rédeas do jogo e fez o terceiro aos 37, quando Enzo Fernández cruzou e Mac Allister se antecipou a Bento para finalizar.


Aos 38, o tempo fechou. Tagliafico fez falta em Raphinha e a confusão começou. Os dois levaram amarelo, além de Almada. A etapa inicial terminou com ânimos exaltados.


Virou passeio


O Brasil voltou com três alterações. Saíram Murillo, Joelinton e Rodrygo para as entradas de Léo Ortiz, João Gomes e Endrick.


As alterações não surtiram efeito. A Argentina continuou confortável em campo e criando as principais chances.


A Argentina liquidou a fatura aos 27 minutos, quando a bola atravessou a área, Marquinhos e Arana falharam outra vez e Simeone, que havia acabado de entrar, bateu com pouco ângulo para construir a goleada.


Nos minutos finais, o Brasil não mostrou nenhuma reação. Deu tempo até do goleiro Dibu Martínez fazer embaixadinha. O time de Dorival não teve forças nem para repudiar a atitude.


As contas do Brasil


Com a derrota, a seleção brasileira perdeu a chance de garantir matematicamente a vaga na próxima Copa do Mundo contra o Equador, na próxima rodada.


O Brasil precisaria vencer o Equador em junho, além de contar com tropeços da Bolívia e Venezuela, para poder se classificar em caso de nova vitória contra o Paraguai.


Clima tenso


O clássico foi muito truncado. Como se não bastasse a tradicional rivalidade entre Brasil e Argentina, o jogo foi inflado pelas declarações de Raphinha.


Em entrevista à Romário TV, Raphinha foi na onda do tetra e disse "porrada neles". A notícia repercutiu demais na Argentina.


A grande confusão começou justamente numa falta de Tagliafico em Raphinha. O tempo fechou, e ambos levaram cartão amarelo. Raphinha acabou não fazendo o gol que prometeu a Romário.


No segundo tempo, Otamendi, de Paul e André também levaram amarelo.


Ausência dos craques


A partida de hoje deu mostras do que vai ocorrer em breve: a falta de Neymar e Messi.


Contundidos, os astros assistiram ao clássico de casa. Brasil e Argentina não vão se enfrentar mais nas Eliminatórias. Um possível último duelo deles por seleções só ocorreria na Copa do Mundo. O Mundial de 2026 deve ser o último da dupla.


Lances importantes


1 a 0 Argentina. Aos 3 minutos, Almada achou Álvarez, que passou entre Murillo e Arana para tocar na saída de Bento.


2 a 0 Argentina. No minuto 12, De Paul acionou Molina, que cruzou no chão. A bola passou por todo mundo, desviou em Murillo e caiu no pé de Enzo, que só conferiu.


Brasil diminui. Aos 26, Matheus Cunha roubou a bola de Romero e bateu na saída de Dibu Martínez.


3 a 1 Argentina. No minuto 37, Enzo Fernández cruzou e Mac Allister se antecipou ao goleiro Bento para finalizar.


Virou goleada. Aos 27 minutos do segundo tempo, Simeone marcou logo depois de sair do banco de reservas. 4 a 1.


FICHA TÉCNICA


ARGENTINA 4 x 1 BRASIL


Local: Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires (ARG)


Data: 25 de março de 2025 (terça-feira)


Horário: 21h (de Brasília)


Árbitro: Andres Rojas (Colômbia)


Assistentes: Alexander Guzman e Richard Ortíz (ambos da Colômbia)


VAR: John Perdomo (Colômbia)


Cartões amarelos: Tagliafico, Almada, Otamendi, De Paul e Enzo Fernández (Argentina) e Murillo, Raphinha, André, Léo Ortiz e Endrick (Brasil)


GOLS


Argentina: Julián Alvarez, Enzo Fernández e Mac Allister, aos 5, 12 e 37 minutos do 1T; Simeone, aos 27 minutos do 2T;

Brasil: Matheus Cunha, aos 26 minutos do 1T


ARGENTINA: Dibu Martínez; Molina, Romero, Otamendi e Tagliafico (Medina); Rodrigo De Pe Paul, Leandro Paredes (Palacios), Enzo Fernández e Alexis Mac Allister (Nico Paz); Thiago Almada (Simeone) e Julián Álvarez (Correa) Técnico: Lionel Scaloni


BRASIL: Bento, Wesley, Marquinhos, Murillo (Léo Ortiz) e Guilherme Arana; André (Éderson), Joelinton (João Gomes) e Raphinha; Vini, Rodrygo (Endrick) e Matheus Cunha (Savinho). Técnico: Dorival Júnior.


Uol