Antônio Gledson, suspeito de empurrar de um penhasco e agredir Gustavo Henrique Alves Pereira em Assunção do Piauí, foi preso nesta quinta-feira (27). A vítima precisou fingir estar morta para sobreviver e chegou a relatar os momentos de desespero.
Segundo a Polícia Civil, o mandado de prisão preventiva contra o suspeito foi cumprido nesta quinta-feira (27), cinco dias após o crime, por equipes das Delegacias de São Miguel do Tapuio e Castelo do Piauí.
Conforme investigação, após empurrar Gustavo Henrique de um penhasco e constatar que o jovem ainda estava vivo, Antônio Gledson tentou enforcá-lo com o cordão de uma bermuda e o golpeou com três pauladas na cabeça, o que provocou ferimentos graves.
'Considerava um irmão'
Em um vídeo gravado no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), onde está internado, Gustavo Henrique Alves Pereira, de 22 anos, relatou os momentos de desespero após ter sido espancado e jogado de um penhasco.
"Me encontro nessa situação, sem entender o que aconteceu de verdade. Era uma pessoa que era considerada quase como um irmão para mim. Nós tínhamos mais de 7 anos de amizade", disse.
No vídeo, o rapaz conta que foi chamado pelo amigo para um passeio em um ponto turístico da cidade. Ele alega que quando já estavam no alto de uma rocha, foi empurrado por Antônio Gledson.
Após a queda, o amigo teria tentado sufocá-lo com um cordão e o agredido com um pedaço de pau. A vítima declarou que decidiu se fingir de morta.
"No começo, ele desceu e falou que foi sem querer, mas depois ele foi mostrando um olhar diferente e falou que a vontade dele era tirar a minha vida", relatou.
O rapaz contou que Antônio Gledson deixou o local após as agressões. "Aí eu dormi no mato, todo arranhado. Consegui me alimentar somente com uma planta. Consegui sugar um pouco de água que tinha nela e me motivei até a hora do meu resgate", concluiu o jovem.
Gustavo Henrique foi localizado por primos na manhã do domingo (23), após passar a noite na mata.
Pai pede justiça
O crime, de acordo com Djaci Alves, pai de Gustavo, teria sido motivado porque o suspeito acreditava que a vítima armazenava em um celular informações que pudessem comprometê-lo. Não há detalhes sobre quais seriam essas informações.
"A cidade toda está chocada pela crueldade e frieza em querer ocultar o crime, a ponto de jogar bola em uma quadra próximo a minha casa", relatou o familiar.
G1