A influenciadora digital Deolane Bezerra foi presa pela a Policia Civil na manhã desta quarta-feira (4), no Recife, durante operação contra uma organização criminosa voltada à prática de lavagem de dinheiro e jogos ilegais.
A mesma operação cumpriu mandados também em Campina Grande, na Paraíba. No estado, o alvo foi uma empresa voltada para apostas. Um helicóptero, carros de luxo e dinheiro foram apreendidos na Rainha da Borborema.
As investigações da operação “Integration” foram iniciadas em abril de 2023. Foram expedidos outros 18 mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão no Recife, Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba e Goiânia.
A Justiça decretou o o sequestro de bens como carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações. Além de bloqueios de ativos financeiros no valor de mais de R$ 2,1 bilhões, entrega de passaporte, suspensão do porte de arma de fogo e cancelamento do registro de arma de fogo.
Serviços financeiros e publicidade
Deolane também aparece como sócia em duas empresas de serviços financeiros.
A primeira, aberta em março de 2020, é a DB Santos Apoio Administrativo e Financeiro, que presta atividades auxiliares de serviços financeiros. Essa também é uma microempresa, com faturamento estimado entre R$ 130 mil e R$ 360 mil, e teve um capital social de R$ 1 mil.
Já em outubro de 2023, Deolane abriu a Deolane Bezerra Holding Patrimonial. Uma holding é uma empresa que administra o patrimônio de outras empresas ou o dinheiro de uma família, mantendo separados os bens empresariais e pessoais.
- SAIBA MAIS: O que é uma holding
Essa é uma empresa de pequeno porte e tem um faturamento anual estimado entre R$ 360 mil e R$ 1,8 milhão. O capital social foi de R$ 100 mil.
Além dos patrimônios móveis, como dinheiro, a holding também administra as propriedades imobiliárias da influenciadora.
Em uma postagem nas redes sociais em 16 de julho, Deolane comemorou a compra de sua 12ª casa, localizada em Orlando, cidade da Flórida, nos Estados Unidos.
Em junho 2021, a empresária também abriu, em sociedade com sua irmã, Daniele Bezerra Santos, a agência de publicidade Bezerra Publicidade e Comunicação.
A empresa — que é de pequeno porte e com um faturamento anual estimado entre R$ 360 mil e R$ 1,8 milhão — tem como atividades principais a promoção de vendas, consultoria em publicidade e treinamento em desenvolvimento profissional e gerencial.
Entenda a operação que prendeu Deolane Bezerra
A operação "Integration" investiga uma suposta organização criminosa voltada à prática de lavagem de dinheiro e jogos ilegais desde abril de 2023.
Além da prisão de Deolane Bezerra, realizada pela Polícia Civil de Pernambuco, também foram expedidos outros 18 mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão no Recife, Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba, Goiania e Minas Gerais.
A Polícia Civil informou que foi decretado o sequestro de bens como carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações e bloqueio de ativos financeiros no valor de R$ 2,1 bilhões.
Num apartamento na Av. Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, a polícia apreendeu joias e dinheiro de um empresário da empresa Esportes da Sorte, Darwin Henrique da Silva Filho. A empresa realiza apostas online e patrocina alguns times de futebol.
O advogado Pedro Avelino, que representa o empresário, falou com a TV Globo e informou que Darwin está em viagem a trabalho e se colocou à disposição para prestar esclarecimentos.
"O que aconteceu hoje foi um cumprimento de um mandado de busca e apreensão. A gente vai se habilitar dentro dessa representação para entender todo o contexto. É importante registrar que a gente já se colocou à disposição da autoridade policial há mais de um ano e meio. Então a gente acha estranho virem medidas tão gravosas como mandado de prisão, mandado de busca e apreensão, quando a gente desde o início da investigação vem cooperando com a polícia", disse o advogado.
Também foi determinada a entrega de passaporte, a suspensão do porte de arma de fogo e o cancelamento do registro de arma de fogo.
As investigações contaram com a colaboração da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), e das polícias civis dos estados de São Paulo, Paraná, Paraíba e Goiás. Ao todo, 170 policiais estão envolvidos na operação.
MaisPB e G1